Manaus, 09/05/2025

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Petro ameaça suspender relações entre Colômbia e Israel: “Não apoiamos genocídios”

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, quer que redução do petróleo esteja na carta final da Cúpula da Amazônia.
20/07/2023REUTERS/Vannessa Jimenez
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, quer que redução do petróleo esteja na carta final da Cúpula da Amazônia. 20/07/2023REUTERS/Vannessa Jimenez
16/10/2023 15h00

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, escreveu no domingo (15) no X (antigo Twitter) declarações críticas em relação a Israel, que está em combate com o grupo radical islâmico Hamas na Faixa de Gaza.

“Se tivermos que suspender as relações externas com Israel, nós suspenderemos. Não apoiamos genocídios. Não se insulta o presidente da Colômbia.”

A publicação é uma resposta do presidente ao apelo da chancelaria de Israel para uma “conversa de repreensão” com a embaixadora colombiana do país, após as recentes declarações de Petro em que comparou o governo de Israel aos nazistas.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Lior Haiat, classificou as declarações como “hostis e antissemitas”.

O responsável disse, na reunião, que as declarações do chefe de Estado colombiano “refletem um apoio às atrocidades cometidas pelos terroristas do Hamas” e que, consequentemente, Israel decidiu interromper as exportações de segurança para a Colômbia.

Irritado com a decisão israelense, Petro acrescentou: “Do povo de Israel, exijo ajuda na paz da Colômbia e ajuda na paz da Palestina e do mundo”.

Anteriormente, os Estados Unidos condenaram as declarações de Petro que compararam o Governo de Israel aos nazistas.

“Pedimos que condenem o Hamas, uma organização terrorista, pelos assassinatos cruéis de homens, mulheres e crianças israelenses”, disse Deborah Lipstadt, embaixadora do Gabinete do Enviado Especial dos EUA para Monitorar e Combater o Antissemitismo, pela rede social X.

As palavras da diplomata foram resgatadas pela Confederação das Comunidades Judaicas da Colômbia na conta oficial. Em Bogotá, a comunidade judaica realizou reuniões em sinagogas em solidariedade com Israel após o ataque do Hamas na semana passada.

Petro classificou como “discurso de ódio” a ordem do Ministro da Defesa israelense para cercar e um bloqueio total de Gaza . Ele acrescentou, por meio da rede social X, que “hoje, Gaza parece mais ou tão destruída quanto o gueto de Varsóvia, depois da resposta da insurreição judaica e socialista nesse campo de concentração, [que] foi destruído pela barbárie nazista”.

“O governo da Colômbia apoia as resoluções da ONU que defendem dois Estados livres, um israelense e outro palestino, reconhece os dois Estados e solicita ao Estado de Israel que pare de ocupar o Estado palestino militarmente ”, publicou Petro no X, um dia após os ataques terroristas do Hamas em Israel.

Quando a embaixada de Israel na Colômbia foi vandalizada no domingo, 8 de outubro, o senador republicano norte-americano Marco Rubio destacou que a “narrativa anti-Israel do presidente Petro após os ataques terroristas em Israel motivaram o antissemitismo”.

A Confederação das Comunidades Judaicas da Colômbia condenou “a obstinação do presidente” em um comunicado e disse que as declarações recorrentes no X “parecem justificar as ações do Hamas”.

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