A Polícia Federal (PF) apreendeu uma grande quantidade de dinheiro em espécie nesta quarta-feira (7), na casa de um funcionário da Petrobras, no Rio de Janeiro, como parte da 76ª fase da Operação Lava Jato. Ao todo, quatro mandados da operação foram cumpridos na capital fluminense.

A ação, batizada de Sem Limites III, investiga crimes de corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro na área comercial da empresa estatal, especialmente no comércio de bunker, como é chamado o produto usado como combustível de navio.

A suspeita dos agentes é de que funcionários e ex-funcionários da estatal estejam envolvidos em um esquema que movimentou cerca de R$ 45 milhões em propinas entre 2009 e 2018. Segundo o MPF, há provas de que os investigados promoviam um rodízio no fechamento de operações com as empresas do setor e que elas pagavam vantagens indevidas.

COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA
Delatores afirmaram que funcionários da Petrobras que eram responsáveis pelas negociações de compra e venda de bunker e diesel marítimo recebiam vantagens indevidas para favorecer empresas de combustíveis. A compra era destinada ao abastecimento dos navios a serviço da Petrobras em portos estrangeiros.

As comissões então eram geradas a partir da celebração das operações comerciais, e os executivos realizavam os pagamentos dos funcionários públicos com auxílio de um operador financeiro. Para isso, eles celebravam contratos fictícios para geração de recursos em espécie.