Manaus, 29/03/2024

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Piranha com pintas é descoberta na Amazônia e batizada de “Juma”

Piranha com escamas pintadas é descoberta na Amazônia e batizada de
Piranha com escamas pintadas é descoberta na Amazônia e batizada de "Juma" Marcelo Andrade/Pesquisador UFPA
06/10/2022 16h50

Cientistas descobriram na Amazônia, entre os estados do Pará e Amapá, o que pode ser uma nova espécie de piranha.

O peixe vive em águas turvas e se alimenta de outros peixes e camarões. Pode ser encontrado nos rios Jari e Oiapoque no Amapá, e também no rio Tapajós, no Pará.

De acordo com a cientista do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (IEPA), Cecile Gama, o que chamou a atenção nessa nova espécie é que ela tem as escamas pintadas – como se fosse a pele de uma onça, cheia de pintas escuras e brilhantes.

A espécie também apresenta singularidades nos ossos da cabeça, se comparada com outras espécies do mesmo gênero.

Quanto a ser endêmica, ou seja, ser uma espécie que só ocorre naquela região amazônica, a doutora Cecile salienta que provavelmente não, mas pode-se considerá-la rara, devido não ter sido encontrada com maior frequência apesar de seu tamanho.

O achado foi apresentado no Encontro Brasileiro de Ictiologia, no Rio Grande do Sul, que reúne especialistas em peixes de todo o mundo, sem nenhuma objeção.

O próximo passo será a publicar o nome da nova espécie em uma revista científica.

Aliás, a piranha não tinha sido batizada até a apresentação naquele evento, o que havia era a sugestão de possíveis nomes como: “Onça”, “Jaguar” e “Juma”.

Após consulta pela internet, o peixe recebeu o nome de “Juma”. O nome é uma referência à personagem protagonista da novela “Pantanal”, da TV Globo.

Quanto a Amazônia ainda ser um mistério para os cientistas, a doutora Cecile Gama, acrescentou que apesar de muito estudada, ainda é sim bastante desconhecida.

“A diversidade de peixes é enorme e todos os anos novas espécies são encontradas”, pontuou. Ela ainda citou como exemplo o Amapá, onde os cientistas se esforçam para conhecer a biodiversidade, mas ainda terão muito trabalho pela frente.

“Trabalho minucioso, que envolve ir a campo em locais remotos, de difícil acesso e logística complicada. Depois disso, ainda todo o trabalho em laboratório, que demanda muito tempo e conhecimento”, descreveu a cientista.

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