04/08/2022 16h20
Prejuízo causado por ações ilegais como contrabando, pirataria e ligações clandestinas em 2021 no Brasil é de quase R$ 380 bilhões. Esse valor está num levantamento divulgado nesta quinta-feira (4) por Federação das Indústrias do Estado do Rio, da Associação Comercial do Estado e da Fecomércio.
Vestuário foi o mais prejudicado, com perdas de R$ 60 bilhões. Depois combustíveis: com prejuízo de R$ 26 bilhões, seguido de cosméticos, bebidas alcóolicas, defensivos agrícolas e TV por assinatura.
Quem trabalha no ramo de joias também é vítima das falsificações. A perda do setor foi de R$ 5 bilhões no ano passado.
“Facilmente você desconfigura esse produto, receptado do roubo ou do furto, ele é derretido e serve como matéria prima principalmente para a pirataria, que é vendida de forma ilegal”, explica Carla Pinheiro, presidente da Associação de Joalheiros e Relojoeiros do estado do Rio.
O Brasil deixou de gerar 535 mil empregos com carteira assinada em 2021, segundo o estudo, devido às perdas com pirataria, contrabando, furto de serviços públicos e sonegação de impostos, o equivalente a 20% do total de vagas formais criadas no período.
Hoje, os responsáveis pelo estudo divulgaram um documento cobrando um empenho dos três poderes para coibir o comércio ilegal.
“O combate à pirataria e ao comercio ilegal ele não pode ser encarado no Brasil como um projeto de governo. Ele tem que ser encarado como um projeto de estado, porque é consequência de vários e vários anos de perdas que nós temos, e de vários governos”, diz Carlos Erane de Aguiar, coordenador do estudo.