O Projeto Dubai, que o Governo estaria planejando para implantar na Amazônia para substituir a Zona Franca de Manaus quando ela acabar, pela lei, em 2073, foi considerado “mirabolante” e “ridículo” pelo senador Plínio Valério (PSDB-AM). O senador amazonense disse que hoje, quem concebeu o suposto projeto não conhece absolutamente nada de Amazônia. Considerou risível as alternativas incluídas no tal plano, que abrangem a exploração dos recursos naturais, a mineração , turismo e fármacos, tudo que os amazonenses sempre defenderam, mas que não vão adiante por causa das amarras ambientais.

_ Começa que lá, em Dubai, sobrava dinheiro. E para fazer os turistas chegarem lá, criaram simplesmente a maior companhia aérea do Planeta. Esse pessoal que quer criar esse projeto, não sabe nem quanto ele vai custar, mas são os mesmos que querem acabar com a Zona Franca, alegando a renúncia de R$24 bilhões. Dubai deu certo porque quem concebeu e executou o projeto , conhecia Dubai. Ao contrário desse pessoal daqui, que não conhece absolutamente nada de Amazônia. Isso é ridículo _ criticou Plínio Valério.

Plínio disse que fazer agora um planejamento para 2073, quando a Zona Franca estiver findando, parece brincadeira.

_ E o nome que escolheram? Dubai lembra ostentação . Porque lá deu certo, tem cassinos, o turismo , eles pensam que a gente pode substituir o modelo da Zona Franca por isso. Não pode. Se nos deixarem em paz com a Zona Franca, mesmo mutilada como está, nós vamos encontrar soluções sim. As empresas do Distrito Industrial de Manaus faturam R$98 bilhões por ano, geram 84 mil empregos e a renúncia fiscal é de apenas R$24 bilhões. Eles querem gastar mais para implantar esse plano mirabolante, do que reconhecer que a renúncia é menor para a gente continuar com a Zona Franca. Eu diria que esse plano é uma piada. Querem nos enrolar _ disse Plínio.