Manaus, 20/04/2024

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PLINIO SE REÚNE COM PRESIDENTE DO BC PARA DISCUTIR VOTAÇÃO DE SEU PROJETO DE AUTONOMIA DO BANCO CENTRAL

PLINIO SE REÚNE COM PRESIDENTE DO BC PARA DISCUTIR VOTAÇÃO DE SEU PROJETO DE AUTONOMIA DO BANCO CENTRAL
29/10/2020 14h31

BRASÍLIA| O senador Plínio Valério (PSDB-AM) se reuniu hoje (29) com o presidente e o diretor do Banco Central, Campos Neto, e Maurício Costa Moura, para discutir alterações feitas em seu projeto de autonomia operacional do Banco, com votação marcada para o próximo dia 03. Na conversa, Campos Neto reafirmou o apoio do governo ao projeto, e explicou que as alterações feitas pelo relator Telmário Mota(PROS-RO) não afetam o objetivo central do projeto original. O novo texto da proposta de autonomia do BC mantém a proposta original de Plínio de blindagem do presidente e diretores do banco contra ingerências políticas e risco de descontinuidade da política monetária em execução, com a troca de comando na Presidência da República.

_ Eu queria que o presidente Campos Neto me esclarecesse algumas dúvidas que eu tinha, por exemplo, em relação a emenda que prevê o fomento do pleno emprego e a perda do status de ministro. Ele me explicou que não há maiores repercussões no projeto original e que, com a independência, não teria como o BC ser subordinado a outro ministério, no caso da Economia. O projeto está maduro, o acordo foi costurado com o governo e o Davi, então, está tudo certo para votarmos na próxima terça-feira _ disse Plínio após o encontro.
As alterações feitas no novo substitutivo de Telmário Mota se aproximam de propostas que tramitam na Câmara sobre o mesmo tema. Com isso Plínio acredita que o texto aprovado no Senado, seja votado sem alterações na Câmara para que não volte ao Senado.
_Tenho que elogiar o presidente Rodrigo Maia, que honrou o compromisso firmado comigo e o senador Tasso Jereissati, de esperar a votação do nosso projeto no Senado. Ele cumpriu o compromisso. Espero que as alterações feitas pelo Telmário atenda a Câmara e que seja lá votado o mais rápido possível para que o Brasil dê uma sinalização de segurança jurídica que atraia os investimentos que tanto precisamos para amenizar a crise de caixa da pandemia _ avaliou Plínio.
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Veja ponto a ponto o que diz o projeto de autonomia do BC que será levado ao plenário:

1. Os nove diretores do Banco Central, o que inclui seu presidente, serão nomeados pelo presidente da República no segundo semestre de seu segundo ano de governo para mandatos não coincidentes para evitar demissão no meio do mandato e descontinuar a política monetária em andamento
2. O presidente e os diretores terão mandato de quatro anos, admitindo uma recondução. Os mandatos vencem de forma alternada, dois a dois.
3. Aprovação pelo Senado,
4. Só poderão ser demitidos pelo presidente em casos de saída voluntária, enfermidade incapacitante, condenação por improbidade ou por crime que inabilite para cargo público, e desempenho comprovadamente insuficiente (nesse caso por proposta do Conselho Monetário Nacional).
5. O Banco Central será autarquia de natureza especial, ou seja, o presidente deixa de ser ministro.
6. O objetivo fundamental do BC é a estabilidade da moeda.
7. Acrescentou-se emenda do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) para colocar como alvo também “suavizar as flutuações do nível de atividade econômica e zelar pela solidez e eficiência do Sistema Financeiro Nacional”, o que corrobora a questão da estabilidade.
8. Acrescentou-se agora, pelo novo parecer do relator, emenda do senador Eduardo Braga, que inclui como missão “fomentar o pleno emprego”.
9. O novo parecer incluiu também, entre os poderes do Banco Central, “efetuar, como instrumento de política monetário, operações de compra e venda de títulos públicos federais, consoante remuneração, limites, prazos, formas de negociação e outras condições”, nos termos da Lei nº 13.820, de 2019, proposta pelo atual ministro Paulo Guedes.

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