Manaus, 29/03/2024

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Polícia do DF vai intimar Neymar a depor como testemunha em operação que investiga agiotagem, lavagem de dinheiro e receptação de joias

Polícia do DF vai intimar Neymar a depor como testemunha em operação que investiga agiotagem, lavagem de dinheiro e receptação de joias
27/01/2023 13h50

O jogador Neymar Jr. será intimado a depor, como testemunha, em uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

A operação “Huitaca” deflagrada nesta sexta-feira (27) pela Divisão de Repressão a Roubos e Furtos da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais da PCDF prendeu temporariamente três integrantes de uma associação criminosa voltada à prática de agiotagem, receptação de joias e pedras preciosas e lavagem de dinheiro.

De acordo com a polícia, Neymar será ouvido como testemunha para prestar informações sobre a compra de duas joias adquiridas de um dos alvos da operação.

Contatada, a assessoria de Neymar disse, no momento, “não ter conhecimento sobre o assunto”.

Segundo a polícia, a investigação apontou que o grupo fazia empréstimo de dinheiro a juros superiores aos permitidos e cobrava os valores mediante o emprego de ameaças. Durante as cobranças, o grupo também exigia a transferência e entrega dos veículos dos endividados, como garantia.

Os investigados são donos de um cassino de poker em Águas Claras, através do qual também realizavam agiotagem, mirando jogadores que se endividavam nas partidas.

A lavagem do dinheiro da agiotagem e da receptação das joias e pedras preciosas acontecia através das contas de seis empresas “de fachada”, situadas em Brasília e em Goiânia, e da conta de um “testa de ferro”, também preso, de acordo com a polícia. A movimentação do grupo criminoso, entre 2019 e 2021, alcança R$ 16 milhões de reais.

As prisões ocorreram no Park Way, Águas Claras, Vicente Pires e Ceilândia. Também foram cumpridos mandados de busca em uma joalheria de Taguatinga, no cassino de poker do grupo em Águas Claras e em uma marina da Asa Norte.

De acordo com a polícia, foram sequestrados, por ordem judicial, dois veículos importados, da marca Porsche e Land Rover, e uma lancha de 50 pés, avaliados em R$ 2 milhões. Também foi determinado o bloqueio de valores em cinco contas dos investigados, no montante de R$ 16 milhões.

Os mandados de prisão, busca e apreensão e sequestro foram expedidos pelo Juiz da 2ª Vara Criminal de Águas Claras. Segundo a polícia, um dos presos já se envolveu em delitos de extorsão, receptação, furto e homicídio. Um dos alvos, que está cumprindo prisão domiciliar, já é considerado foragido e ainda é procurado por equipes da PCDF.

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