Manaus, 20/04/2024

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POPULAÇÃO TEM QUE FICAR ATENTA PARA COMBATER O AEDES AEGYPTI

Prefeitura inicia a aplicação de estratégias após o Levantamento do Índice de Infestação do Aedes Aegypt (LIRAa) Fotos: José Nildo/Semsa
Prefeitura inicia a aplicação de estratégias após o Levantamento do Índice de Infestação do Aedes Aegypt (LIRAa) Fotos: José Nildo/Semsa
01/05/2019 10h00

A Prefeitura de Manaus está reforçando as orientações para a população sobre a importância da eliminação de depósitos de água encontrados dentro de residências, o que inclui vasos, pratos de planta, bebedouros e outros frascos de água, e que favorecem a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya.

Segundo a gerente de Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), enfermeira Alinne Antolini, no início de 2018, o índice desse tipo de depósito era de 17,9%, passando para 20,4% no diagnóstico realizado em outubro do ano passado, chegando a 23,6% no levantamento feito em fevereiro deste ano.

“O aumento é motivo de preocupação porque já vem sendo identificado nos últimos três diagnósticos de infestação do Aedes. Além disso, são depósitos encontrados dentro de residências, aumentando a exposição de todos os moradores ao risco para a transmissão de dengue, zika ou chikungunya”, alerta Alinne Antolini.

A diretora do Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológica (Devae/Semsa), enfermeira Marinélia Ferreira, informa que a preocupação atual nos serviços de saúde é com o registro de casos de dengue, já que Manaus tem 92 casos confirmados da doença este ano, sendo que em 2018, entre janeiro a abril, houve a confirmação de 58 casos.

“O número de casos de dengue tem apresentado um crescimento em todo o Brasil este ano e por isso os serviços de saúde da rede municipal estão mais atentos aos casos suspeitos, aumentando, assim, o índice de notificação e confirmação da doença. E este ano, como Manaus registrou um período de chuvas mais prolongado, o aumento no número de casos já era esperado”, destaca Marinélia Ferreira.

Apesar do aumento de casos confirmados, Marinélia Ferreira informa que o número de casos notificados de dengue este ano, que são os casos suspeitos, apresentam uma redução de 31,04%, em comparação com o período de janeiro a abril do ano passado.

Os dados apresentados pela Semsa também mostram variação nas notificações de casos de zika vírus e chikungunya. Entre janeiro e 25 de abril deste ano, Manaus registrou 39 casos notificados de chikungunya e 43 de zika vírus. Entre janeiro e abril do ano passado, foram 70 casos notificados de chikungunya e 205 de zika vírus. As notificações de dengue, que foram de 905 casos nesse mesmo período do ano passado, chegaram a 624 este ano.

No total, Manaus apresenta este ano uma redução de 40,1% na notificação das três doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.

“Sempre ocorre um aumento dos casos de doenças transmitidas pelo Aedes no início do ano, seguindo até maio, devido ao inverno amazônico e o aumento do número de depósitos de água que servem como focos de proliferação do mosquito. Depois desse período, há sempre redução nas notificações, mas é preciso que a população fique atenta na eliminação dos depósitos dentro das residências para que as medidas de controle executadas pelos serviços de saúde tenham eficácia”, alerta Marinélia.

Controle

As ações de controle executadas pela Semsa incluem o trabalho de orientação da população para a aplicação do Check List 10 minutos contra o Aedes, com verificação semanal para manter o ambiente domiciliar livre de larvas do mosquito.

Agentes comunitários de saúde e agentes de endemias realizam ainda ações de educação em saúde para orientar a população sobre os sinais e sintomas das doenças transmitidas pelo Aedes, e as formas de prevenção para combater os focos propícios para a criação e reprodução do mosquito transmissor.

Durante as visitas domiciliares, quando necessário, os agentes aplicam o larvicida nos depósitos que não podem ser eliminados e fazem a distribuição de capas protetoras para reservatórios de água em nível do solo. A Semsa, a partir de notificação de casos pelo sistema de saúde, também faz o controle químico com inseticida.

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