Manaus, 29/03/2024

Política

PREFEITO ALERTA QUE FUTURO DO BRASIL PASSA PELO RECONHECIMENTO DA AMAZÔNIA

PREFEITO ALERTA QUE FUTURO DO BRASIL PASSA PELO RECONHECIMENTO DA AMAZÔNIA
22/01/2019 17h49

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), voltou a falar, nesta terça-feira, 22/1, em defesa da Zona Franca de Manaus (ZFM), de reformas estratégicas para salvar o Polo industrial de Manaus (PIM) e inseri-lo na quarta revolução industrial e, por conseguinte, manter a Floresta Amazônica viva. Para ele, o futuro do Brasil passa pelo reconhecimento estratégico da Amazônia e, consequentemente, pela necessidade de fortalecer o modelo econômico da ZFM como forma de preservar a floresta em pé.

“A ZFM cumpre o papel nobre de enfrentar a ânsia de desmatamento, sustenta a floresta viva, colabora com o povoamento das fronteiras, abre mão de explorar minérios valiosos que a natureza lhe presenteou sem receber o reconhecimento nacional justo e sem receber recompensa econômica verdadeira de um mundo que precisa da nossa cobertura florestal para sobreviver”, afirmou Arthur, em novo artigo publicado em sua página no Facebook. “O mundo precisa da nossa água, que será talvez o bem mais precioso de todos, já na segunda metade deste século”, reforçou.

O prefeito de Manaus justificou a série de artigos que vem publicando em alerta ao desmantelamento do polo industrial diante da iminente proposta de reforma tributária que deverá ser enviada pelo novo Governo Federal ao Congresso Nacional, a partir de fevereiro deste ano. Ele teme que as garantias constitucionais, os subsídios e incentivos fiscais que garantem a competividade da ZFM caiam no lugar comum da eliminação linear desses fatores fiscais, o que se antecipa em alguns discursos de membros da área econômica do Governo Federal.

“Vem daí o meu interesse, como cidadão amazonense e prefeito de Manaus, em ver estabelecida a compreensão brasileira sobre o parque industrial que sustenta meus conterrâneos, colabora com o Brasil inteiro, gera empregos a granel em São Paulo e tem sido responsável pela manutenção da floresta em pé”, reafirmou.

Arthur revela sua decepção e tristeza diante do quadro em que pessoas cultas e preparadas, fecham os olhos para a região mais estratégica do Brasil e, seguramente, uma das mais estratégicas do planeta. “Uma coisa é reconhecer que o PIM está em crise e enfraquecido, com certos polos ameaçados de cair em obsolescência; outra, bem diferente, é repudiar o modelo pura e simplesmente, como se incentivos fiscais tivessem sido inventados especialmente para Manaus”, argumentou.

O prefeito reiterou que os benefícios fiscais não foram nunca privilégio da Zona Franca. “As principais fortunas deste país conhecem bastante bem os socorros que, não raro, lhes têm prestado os cofres públicos. Pensem num só grupo econômico tradicional paulista que não tenha crescido a peso de benesses oficiais. Basta que me digam um só. E olhem que estou me referindo apenas à possibilidade de “favores” legais. Não preciso ir mais longe do que isso”, desafiou.

Para o prefeito, o futuro brasileiro passa necessariamente pela Amazônia; pela parceria para levar a resultados sociais e econômicos formidáveis. “Misturar o joio e o trigo é uma atitude canhestra. Não é justo corta todos os subsídios, os bons e os ruins, sem atrair consequências graves para o país”, defendeu o prefeito, estabelecendo a balança entre os incentivos fiscais consagrados à Zona Franca de Manaus – ZFM – na Constituição de 1988; os subsídios fúteis, com cheiro de negociata; e os descartáveis, por não resolverem problema algum e que cumprem papel justo e valioso. “É preciso diferenciá-los, julgar com a razão e sem prejuízos”, afirmou.

O prefeito voltou a defender a união dos políticos amazonenses em defesa desses interesses. “Confio no que serão capazes de fazer os parlamentares da minha terra. Saberão articular saídas hábeis. Argumentarão com o peso de quem conhece a face verdadeira da moeda. Não se curvarão ao preconceito e nem a opiniões monótona e monoliticamente encrustadas em cérebros que temos o dever de alertar”, afirmou. “Nosso dever é convencer. A ZFM precisa de ajuda e não de algozes. De parcerias corajosas, que prestem atenção à rica biodiversidade à disposição de quem for lúcido e ambicioso por um Brasil equânime; de reformas e investimentos em sua infraestrutura; de preparação efetiva – e isso serve para todo o país – para a quarta revolução industrial”, concluiu.

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