Manaus, 18/05/2024

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Presa e condenada a 31 anos, iraniana que lidera luta das mulheres leva Nobel da Paz

A jornalista iraniana Narges Mohammadi venceu o Prêmio Nobel da Paz 2023 / Reuters
A jornalista iraniana Narges Mohammadi venceu o Prêmio Nobel da Paz 2023 / Reuters
06/10/2023 10h00

A iraniana Narges Mohammadi ganhou o Prêmio Nobel da Paz, anunciado nesta sexta-feira (6) em Oslo, capital da Noruega.

Mohammadi foi laureada “pela sua luta contra a opressão das mulheres no Irã e pela sua luta para promover os direitos humanos e a liberdade para todos”.

Quem é Narges Mohammadi

Mohammadi é uma ativista que passou a vida fazendo campanha pelos direitos humanos no Irã.

Ela foi prisioneira durante a maior parte das últimas duas décadas, condenada repetidamente por sua campanha incansável contra a pena de morte e o confinamento solitário – que teve de suportar durante semanas.

Atualmente, Mohammadi cumpre uma pena de 10 anos e 9 meses, acusada de ações contra a segurança nacional e propaganda contra o Estado.

A ativista também foi condenada a 154 chibatadas, uma punição que grupos de direitos humanos acreditam que ainda não foi infligida, além de proibições de viagens, entre outras.

O Nobel da Paz está entre os cinco prêmios Nobel – Química, Física, Fisiologia ou Medicina, e Literatura.

O critério base para a premiação é que sejam escolhidos aqueles que “fizeram o melhor trabalho pela fraternidade entre as nações”, como abolição ou redução de exércitos e promoção de ideais de paz, segundo o comitê norueguês responsável pela nomeação.

Neste ano, os vencedores da premiação receberão 11 milhões de coroas suecas (US$ 986 mil), segundo a Fundação Nobel.

Anos anteriores

Havia a expectativa de que personalidades ligadas à Rússia ou à Ucrânia – em um contexto de guerra – fossem laureadas, mas nomes desses países já receberam o prêmio nos últimos dois anos.

Em 2021, os jornalistas Dimitri Muratov (Rússia) e Maria Ressa (Filipinas) ganharam o Nobel da Paz “por seus esforços para proteger a liberdade de expressão”.

No último ano, o ativista de direitos humanos Ales Bialiatski (Belarus), o Centro Ucraniano para as Liberdades Civis e a organização russa Memorial foram os vencedores, “pelos seus esforços impressionantes para documentar crimes de guerra, violações de direitos humanos e abusos de poder”.

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