Manaus, 28/03/2024

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Promotores brasileiros aceitam acordo com George Santos em caso de fraude no RJ

George Santos na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos - Jonathan Ernst/Reuters
George Santos na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos - Jonathan Ernst/Reuters
24/03/2023 14h50

Promotores no Brasil chegaram a um acordo com o deputado do partido Republicano, nos Estados Unidos, George Santos, em um caso no qual ele é acusado de fraude contra um funcionário no Rio de Janeiro em US$ 1.300 em roupas e sapatos em 2008, mostram documentos obtidos pela CNN.

Uma petição do advogado de Santos solicitando um acordo diz que ele concordaria em confessar formalmente o crime e pagar indenização à vítima, um funcionário do Rio de Janeiro, conforme exigido pela lei brasileira.

Um memorando dos promotores concordando com o acordo na semana passada pediu à defesa garantias de que eles podem entrar em contato com a vítima para reembolsá-la antes que o acordo seja finalizado.

A petição do advogado de Santos, apresentada em janeiro, solicita um acordo não processual em substituição ao julgamento de seu cliente, argumentando que Santos agora está empregado e “ressocializado”. A petição também pedia autorização para que Santos fosse contatado pela Justiça por e-mail ou telefone, e participasse do processo por videoconferência.

Acordos podem ser alcançados em casos não violentos em que a sentença mínima é inferior a quatro anos.

Em 2010, Santos disse à polícia que preencheu cheques sem fundos de um talão de cheques roubado de um idoso que sua mãe cuidava para comprar os itens.

Santos disse ao New York Post em dezembro que não havia sido acusado de nenhum crime no Brasil. “Eu não sou um criminoso aqui – nem aqui ou no Brasil ou em qualquer jurisdição do mundo. Absolutamente não. Isso não aconteceu”, disse na época.

Após a partida de Santos para os Estados Unidos, as autoridades brasileiras não conseguiram encontrar um endereço para entregar-lhe os papéis que o intimariam a comparecer ao tribunal, o que acabou levando ao arquivamento do caso, até que fosse reaberto em janeiro.

Os promotores não puderam comentar mais, já que o caso está sob uma ordem de silêncio.

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