Manaus, 29/03/2024

Política

PSol e Rede querem cassar Eduardo Bolsonaro por debochar de tortura

PSol e Rede querem cassar Eduardo Bolsonaro por debochar de tortura
04/04/2022 13h36

Os partidos PSol e Rede Sustentabilidade protocolaram, nesta segunda-feira (4/4), no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados um pedido de cassação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), após o parlamentar debochar da tortura à jornalista Miriam Leitão durante a ditadura militar.

Na representação, os partidos argumentam que o deputados pregou o rompimento da ordem constitucional e do regime democrático, fez apologia a crimes – especialmente a tortura – em razão da ditadura militar, abusou, de forma machista e misógina, de suas prerrogativas parlamentares e atentou contra a dignidade do Parlamento.

“É preciso considerar que tais atos atentatórios contra a democracia e os Direitos Humanos são recorrentes por parte do parlamentar representado”, diz a peça, acrescentando que Eduardo Bolsonaro já defendeu publicamente o Ato Institucional n° 5 (AI-5) e ameaçou o Supremo Tribunal Federal (STF).

“Ademais, o parlamentar representado deixa mais uma vez evidenciado o seu caráter misógino e machista. A violência política é calcada no menosprezo, discriminação e inferiorização do feminino, e objetiva impedir, anular ou obstaculizar o exercício dos direitos políticos ou profissional das mulheres, comprometendo a participação igualitária em diversas instâncias da sociedade”, justifica.

No domingo (3/4), Eduardo Bolsonaro escreveu, numa rede social, “ainda com pena da cobra”, em resposta a uma postagem da jornalista Miriam Leitão, na qual ela afirmou que o presidente Jair Bolsonaro é um inimigo confesso da democracia.

 

Miriam Leitão foi presa e torturada pelo governo militar durante a ditadura militar. À época, a jornalista estava grávida e, em uma das sessões de tortura, foi deixada nua em uma sala escura com uma cobra.

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