Manaus, 25/04/2024

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Raiff Matos apresenta Projeto de Lei que proíbe verba pública para sexualização infantil

Raiff Matos apresenta Projeto de Lei que proíbe verba pública para sexualização infantil
31/05/2021 19h10

O vereador Raiff Matos (DC) vai apresentar um Projeto de Lei (PL) que proíbe a utilização de verba pública em eventos que incentivem a sexualização de crianças e adolescentes. A proposta tem amparo no artigo 74 do Estatuto da Criança e do Adolescente que determina ao poder público o dever de regular as diversões e espetáculos públicos tendo em vista a necessidade de proteção das crianças e dos adolescentes. O projeto de lei deve ser deliberado em plenário, da Câmara Municipal de Manaus (CMM), nesta terça-feira, dia 1 de junho.

O Estatuto da Criança indica que é preciso observar as faixas etárias não recomendadas nos eventos e espetáculos, assim como os locais e horários em que sua apresentação se mostra imprópria para crianças e adolescentes, além da exposição a conteúdos inadequados. No artigo 70 deste mesmo estatuto, está explícito que é dever de todos proteger as crianças e os adolescentes de ameaça ou violação dos direitos.

“O projeto de lei que apresento vai ao encontro da obrigação que todos nós temos de manter a rede de proteção de nossas crianças. Essa regulação do poder público não pode e não deve ser vista como censura. Tão importante quanto a liberdade individual está a proteção de vulneráveis”, afirmou.

A utilização de eventos artísticos e culturais para promover a sexualização de crianças e adolescentes é algo comum no país. O caso do Queermuseu foi um que gerou muita polêmica com a suspeita de apologia à pedofilia, zoofilia e à blasfêmia. A performance de Wagner Schwartz denominada La Bête foi muito criticada ao permitir que uma criança tocasse seu tornozelo enquanto ele estava deitado com o corpo nu no chão.

Sexualidade X sexualização

Para entendimento do real teor do projeto de lei, é importante diferenciar sexualidade de sexualização. O vereador explicou durante o Pequeno Expediente da CMM, a diferença entre os dois termos. “Sexualidade é algo inato do ser humano. É a manifestação sexual natural que acontece no tempo certo e com a devida faixa etária.

Sexualização é um processo político aplicado, incutido contra o que é natural na criança, antecipando de forma precoce a descoberta da sexualidade da criança”, afirmou.

Raiff acrescentou que a proteção integral às crianças e adolescentes está consagrada na legislação brasileira. “Infelizmente o dinheiro público vem sendo utilizado para fins danosos, principalmente aqueles que expõem crianças a conteúdo pornográfico e até mesmo de cunho pedófilo, mesmo que travestido de arte”, disse o vereador.

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