Manaus, 17/05/2024

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“Retuítes não são opinião nem afetam relações”, diz porta-voz sobre reposts de Milei

Presidente argentino, Javier Milei - REUTERS/Matias Baglietto
Presidente argentino, Javier Milei - REUTERS/Matias Baglietto
27/02/2024 15h30

O porta-voz da presidência argentina, Manuel Adorni, disse nesta terça-feira (27) que os retuítes de Javier Milei no X, antigo Twitter, não validam a opinião do chefe de Estado. Segundo ele, a atividade do presidente nas redes não irá prejudicar as relações diplomáticas ou comerciais com o Brasil.

Desde domingo, Milei repostou cerca de dez tuítes em apoio à manifestação bolsonarista realizada em São Paulo. Alguns destes posts expressavam que há uma “ditadura” no Brasil, um “autoritarismo” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e “assédio e perseguição à oposição” ao governo brasileiro.

Questionado pela CNN se o presidente argentino considera que há uma ditadura e autoritarismo no Brasil, Adorni afirmou que “retuítes não validam uma opinião”. “Claro que ideologicamente o presidente tem diferenças com o presidente do Brasil, mas nada que possa interferir em nossas relações diplomáticas, comerciais, ou de nenhuma outra índole”, respondeu.

“Não acredito que o que presidente Milei reposte ou manifeste em relação ao seu par brasileiro possa gerar conflito de nenhuma índole, além de marcar que estamos indo por um caminho e que talvez o presidente considere que Lula vai por outro”, disse o porta-voz.

Perguntado pela CNN, ele também disse não serem contraditórias as reportagens, na contramão das iniciativas da chancelaria argentina, representada pela ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino, para aproximar os países.

Antes da posse, após diversos comentários hostis de Milei contra Lula, a quem qualificou de “corrupto” e com quem disse que não iria ter relações por ser “comunista”, Mondino foi a Brasília se reunir com o chanceler brasileiro Mauro Vieira, para quem entregou uma carta convidado o presidente Lula para a posse do argentino.

Lula não compareceu à posse, e acabou representado por Vieira, que se reuniu novamente com Mondino, na semana passada, no Rio de Janeiro, às margens da reunião de chanceleres do G20.

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