Manaus, 18/05/2024

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RIO CONFIRMA 3ª MORTE POR COVID-19 NO ESTADO

RIO CONFIRMA 3ª MORTE POR COVID-19 NO ESTADO
21/03/2020 11h00

A Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro confirmou, na manhã deste sábado (21), a terceira morte pelo novo coronavírus no estado. Com isso, sobe para três o número de mortos pelo vírus no Rio, e 12 no Brasil, com São Paulo registrando 9 óbitos.

O paciente era um homem de 65 anos, morador de Petrópolis, que estava internado em unidade privada desde que retornou de viagem ao Egito. Sua esposa, que ainda aguarda resultado do teste, está internada em UTI no mesmo hospital.

A morte foi comunicada, na noite de sexta-feira (20), pela Prefeitura de Petrópolis. O paciente havia entrado na lista de casos confirmados durante a tarde. A morte ainda não foi contabilizada no balanço oficial do Ministério da Saúde.

Petrópolis tem mais um caso da doença confirmado e investiga outros 24.

Último balanço do governo fala em 109 casos confirmados no estado. O Ministério da Saúde informa 904 casos em todo o país, e 11 mortes. Já os dados das secretarias estaduais de Saúde, divulgados até às 7h deste sábado (21), indicam que são 978 casos confirmados do novo coronavírus no Brasil.

TRANSMISSÃO COMUNITÁRIA EM TODO O PAÍS

O governo declarou estado de transmissão comunitária do novo coronavírus em todo o território nacional. A portaria, assinada pelo ministro da Saúde Foi publicada nesta sexta-feira (20) em edição extra do Diário Oficial da União.

A transmissão comunitária ocorre quando não é mais possível saber a origem da infecção. Na tarde desta sexta (20), o Ministério da Saúde anunciou que o Brasil tem 904 casos confirmados de pessoas infectadas pelo novo coronavírus, além de 11 mortes. Até esta quinta, eram 621 confirmações.

Pela primeira vez desde o início da divulgação dos dados, dois estados registram mais de 100 casos. São Paulo continua no topo, com 396 casos e 9 mortes. O Rio de Janeiro aparece em segundo, com 109 casos e 2 mortes. Apenas dois estados não apresentam casos: Maranhão e Roraima.

Em São Paulo, nesta sexta-feira (20), foram confirmadas mais quatro mortes relacionadas a Covid-19, sendo todos da capital paulista. Os quatro pacientes tinham comorbidades e foram atendidos em hospitais da rede privada. São três homens, com idades de 70, 80 e 93 anos, e uma mulher de 83 anos.

Já no Rio, o governador Wilson Witzel (PSC) informou que a Secretaria do Estado de Saúde atualizou para 109 casos confirmados do novo coronavírus. O estado também registra 1.701 casos suspeitos e 2 óbitos confirmados por Covid-19.

‘GRIPEZINHA’

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) evitou responder se divulgará os exames que teriam atestado negativo para o novo coronavírus. Ao final da coletiva nesta sexta-feira (20), Bolsonaro se referiu à Covid-19 como uma gripezinha.

“Depois da facada, não vai ser uma ‘gripezinha’ que vai me derrubar”, disse Bolsonaro, após ser questionado se abriria publicamente os resultados dos dois exames já feitos até agora. O presidente também não descartou a necessidade de fazer um terceiro teste. “Posso me submeter a outro exame, de acordo com orientação médica”, afirmou.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença já infectou 209 mil pessoas e matou 8,7 mil.

A saúde de Bolsonaro vem sendo alvo de especulação depois que pelo menos 22 pessoas que tiveram contato com o presidente durante uma viagem aos Estados Unidos e que testaram positivo para a doença. Nos últimos dias, Bolsonaro anunciou que se submeteu a dois exames e que ambos deram negativo para a covid19.

COLAPSO NO FIM DE ABRIL

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, projetou um cenário de “colapso” no sistema de saúde brasileiro para o fim de abril diante do avanço da pandemia do novo coronavírus. A declaração aconteceu, nesta sexta-feira (20), em uma videoconferência com Bolsonaro e empresários.

“Claramente, em final de abril nosso sistema de saúde entra em colapso. Colapso é quando você tem dinheiro, mas não tem onde entrar (nos hospitais)”, afirmou Mandetta.

Mandetta disse, entretanto, que pretende atuar para tentar evitar esse provável cenário. “A gente está modelando para ver se trabalhamos com algumas interrupções, segurando o máximo dos idosos que são quem leva ao colapso do sistema”, completou.

 

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