Manaus, 18/05/2024

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Sara Mariano: TJ concede guarda de filha para família do pai, diz advogada

Sara Mariano: TJ concede guarda de filha para família do pai, diz advogada
13/12/2023 09h15

Sarah Barros destacou ainda que a família vai entrar com recurso. Atualmente, a criança, que tem 11 anos, está com a família paterna. “Nós temos claros indícios de alienação parental da família paterna com a família materna. Estamos adotando todas as medidas para sanar isso”, afirmou.

A avó materna da criança, Dolores Freitas, não reagiu bem à decisão do TJBA (Tribunal de Justiça da Bahia). Segundo a advogada, ela teria dito que sairia da Bahia com uma filha carbonizada, com um caixão que sequer foi aberto e sem a neta. “Sair sem a neta acabaria com o vínculo materno, uma tentativa de apagar a ligação da criança com a família materna”, enfatizou Sarah Barros.

Deixar a criança com a família paterna é deixar nesta criança a esperança de um pai inocente, algo que a família materna acredita que ele não é. A família acha que mais para frente a criança pode optar ou definir os laços com o pai, mas nesse momento, ela não deveria ser alimentada a acreditar que o pai é inocente porque Ederlan matou Sara, e isso a gente não tem nenhuma dúvida.
Sarah Barros, advogada

Advogado de marido divulga suposta decisão

O advogado Otto Lopes, que faz a defesa de Ederlan Mariano, suspeito de matar a cantora, publicou nas redes sociais trechos de um documento que seria a decisão da Justiça. Procurado, o TJBA não retornou.

Segundo o registro postado, o juiz determinou que a guarda provisória só será exercida pelos avós paternos. Decisão não inclui o pai da criança.

No texto que seria da decisão e que foi postado pelo advogado, o magistrado argumenta que a mudança seria brusca na vida da criança. A família materna mora no Maranhão. Já na casa dos avós paternos, a menina tem a companhia de uma prima adolescente com quem tem vínculo afetivo.

“Primeira conquista de um processo que muita gente fala muito e conhece pouco”, comentou o advogado Otto Lopes nas redes sociais.

Sara, que era cantora gospel, desapareceu em outubro após ir para um evento em uma igreja evangélica. Na época, ela tinha mais de 60 mil seguidores em suas redes sociais, onde compartilhava participações em cultos, vídeos cantando e fotos pessoais.

Um motorista buscou Sara em sua casa e teria sido enviado pela instituição religiosa. Ela chegou a gravar alguns vídeos registrando a ida, inclusive passando por pedágios.

Na mesma semana, o marido da cantora disse que reconheceu um corpo carbonizado em uma estrada como sendo da companheira. O momento foi registrado em transmissão ao vivo em rede social.

Em seguida, a Polícia Civil disse que Ederlan confessou ter matado a esposa. Ele é apontado como mandante do crime. O Tribunal de Justiça, então, decretou a prisão temporária para seguir com as investigações.

Dias depois, a defesa de Ederlan Mariano disse que é falsa a informação de que ele confessou a autoria do crime.

Em novembro, a Polícia Civil prendeu um motorista e um líder religioso suspeitos de terem participado da logística e na execução do crime, inclusive incendiar o corpo da vítima e tentar omitir provas, disse o delegado Euvaldo Costa.

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