Manaus, 23/04/2024

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Senado deve votar hoje projeto de Plínio Valério que redistribui recursos das petrolíferas para pesquisa

Senado deve votar hoje projeto de Plínio Valério que redistribui recursos das petrolíferas para pesquisa
10/12/2020 12h31

BRASÍLIA. Está na pauta de votações hoje no Senado projeto de autoria do senador Plínio Valério (PSDB-AM), que aumenta o estímulo à pesquisa e à adoção de novas tecnologias na exploração e produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos não só em áreas marítimas, mas também nas terrestres. O projeto prevê também aumento dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

A proposta é que as empresas petrolíferas destinem , por cinco anos, no mínimo 5% dos recursos associados à Cláusula de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, presente nos contratos de exploração e produção de petróleo e gás natural, sejam destinados a projetos envolvendo bacias sedimentares terrestres.

O projeto aprimora regra já existente na Agência Nacional do Petróleo , Gás Natural e Biocombustíveis ( ANP) que determina ás empresas petrolíferas a aplicação de um percentual mínimo dos recursos de contratos de concessão e de partilha de produção, contrato da cessão onerosa em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação. A nova propõe uma distribuição mais equânime dos recursos por todas as regiões geográficas brasileiras e de forma a contemplar todas as bacias sedimentares do território nacional, sejam marítimas, sejam terrestres.

A redistribuição desses recursos em pesquisas para exploração de petróleo e gás natural em áreas terrestres, defende Plínio, é um estímulo importante para o desenvolvimento regional e a geração de emprego em regiões carentes, além de não prejudicar a exploração nas áreas que hoje são as maiores produtoras.

A redistribuição desses recursos em pesquisas para exploração de petróleo e gás natural em áreas terrestres, defende Plínio, é um estímulo importante para o desenvolvimento regional e a geração de emprego em regiões carentes.

“Atualmente, a ausência dessas diretrizes faz com que as empresas aloquem os recursos prioritariamente em bacias sedimentares localizadas no mar territorial. Ao procederem dessa forma, não se obtém o conhecimento geológico sobre as bacias sedimentares terrestres, o que impede o seu aproveitamento” diz o texto do projeto.

“Nesse cenário, a pesquisa, em especial a aquisição de dados geológicos, geoquímicos e geofísicos,é um elemento importante não só para realizar novas descobertas de campos de petróleo e de gás natural, mas, principalmente, para aumentar a vida útil dos campos terrestres maduros. A alocação de recursos em pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica em bacias sedimentares terrestres se mostra relevante também para, ao alcançar novas fronteiras exploratórias, diminuir a dependência futura da produção de petróleo e gás natural em relação aos reservatórios das camadas geológicas do Pré-Sal, nos ambientes marinhos”, diz a justificativa do projeto.

Outra consequência indesejável da ausência de diretrizes para aplicação dos recursos destinados à pesquisa, desenvolvimento e inovação é a falta de protagonismo das instituições de ciência e tecnologia localizadas nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Trata-se de uma situação contrária ao mandamento constitucional de redução das desigualdades regionais.

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