BRASÍLIA. Depois da Argentina, outro País vizinho, a Bolívia, está implementando lei que cria o imposto sobre as grandes fortunas para reequilibrar o rombo deixado pela pandemia do Corona Virus nas contas públicas. O recém empossado presidente da Bolívia, Luis Arce, promulgou ontem um imposto que incidirá sobre o patrimônio dos bolivianos que for superior Bs$ 30 milhões , o que pode gerar uma arrecadação extra de Bs$ 100 milhões .

A estimativa é que o novo imposto atingirá os 152 mais ricos do País. No Brasil o senador Plínio Valério (PSDB-AM) luta para ser votado no plenário projeto de sua autoria para criar o Imposto Sobre Grandes Fortunas.

O parecer favorável ao seu projeto define que a cobrança será temporária, por dois anos, até que as contas públicas no País fiquem reequilibradas. O projeto que atinge patrimônio superior a cerca de R$28 milhões . Pelo projeto 50% da arrecadação vai para o Fundo Nacional de Saúde (FNS), 25% para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e 25% para o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza.

O presidente eleito dos EUA, Joe Biden, também já manifestou disposição de trabalhar para taxar os americanos ricos e as grandes corporações. Segundo Biden esses vão ter que “pagar sua cota justa” em impostos.

_ Vivemos uma situação atípica em que é preciso reforçar o caixa do governo . Ainda nem recuperamos o rombo provocado pela primeira onda e vamos ter que criar uma renda básica para os mais pobres. Nós, os parlamentares, temos que ter coragem de quebrar esse tabu e aprovar aqui no Brasil o projeto para que os muito ricos deem sua cota de colaboração nesse momento difícil _ defendeu Plínio.

O texto do projeto de Plínio prevê três faixas de tributação. Quem tem patrimônio líquido entre R$ 22,8 milhões e R$ 38 milhões, paga 0,5% de imposto. As fortunas entre R$ 38 milhões e R$ 133,2 milhões, pagam 0,75%. Milionários com patrimônio acima desse valor são tributados em 1%.