Segundo a imprensa argentina, houve empurra-empurra no momento da abertura das portas do local, com confusão entre os fãs do ex-jogador e alguns policiais, que chegaram a se esconder na casa do governo. Mesmo em meio à pandemia, várias aglomerações foram registradas, mas a situação se normalizou minutos depois.
Aos que foram e vão até a Casa Rosada, está sendo permitido passar rapidamente perto do caixão para se despedir do maior ídolo do futebol argentino até as 16h de hoje. A previsão é de que mais de um milhão de pessoas se dirija ao local até sábado, como havia sido anunciado pelo governo do país, mas o velório foi reduzido a pedido da família.
A realização da cerimônia na sede do governo é considerada uma grande honraria na Argentina. A última personalidade a ser velada no local foi o ex-presidente Néstor Kirchner, em 2010. Os colegas de equipe de Maradona na seleção campeã do Mundo em 1986 terão um momento a sós com o ex-atleta durante uma parte da cerimônia.
A MORTE DE MARADONA
Considerado o maior jogador da história do futebol argentino, Diego Armando Maradona morreu na quarta-feira (25) aos 60 anos. Segundo o jornal argentino Clarín, Maradona sofreu uma parada cardiorrespiratória em sua casa em Tigre, cidade que fica próxima de Buenos Aires. A autópsia preliminar feita no ex-jogador indicou morte por insuficiência cardíaca aguda.
O ex-jogador sofreu uma delicada cirurgia no cérebro no começo do mês de novembro e recebeu alta oito dias depois. O campeão mundial da Copa de 1986 passou por uma cirurgia para drenar uma pequena hemorragia no cérebro. O médico Leopoldo Luque afirmou na ocasião que a cirurgia era considerada simples, mas que havia preocupação pela condição de saúde do ex-jogador.
Maradona nasceu em 30 de outubro de 1960 em Lanús, na província de Buenos Aires, e era atualmente técnico do Gimnasia y Esgrima. Apontado como um dos maiores jogadores da história do futebol mundial, ao lado de Pelé, o craque argentino começou a sua carreira no Argentinos Juniors, clube onde foi revelado e atuou entre 1976 e 1981.
Logo depois, jogou um ano no Boca Juniors e se transferiu para o Barcelona, onde atuou entre 1982 e 1984. De lá, foi para o Napoli, na Itália, onde ganhou uma Copa da Uefa, dois Campeonatos Italianos, uma Copa e uma Supercopa da Itália.
Na seleção argentina, Diego conquistou a Copa do Mundo de 1986, campeonato em que ele marcou o famoso gol de mão nas quartas de final contra a Inglaterra que ficou conhecido como “La Mano de Dios”, A Mão de Deus em português. Ao todo, Maradona marcou 34 gols em 91 jogos pela equipe nacional.