Manaus, 29/03/2024

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Vacina de Oxford será testada em crianças e adolescentes pela 1ª vez

© Tânia Rego/Agência Brasil
© Tânia Rego/Agência Brasil
13/02/2021 12h31

A Universidade de Oxford anunciou nessa 6ª feira (12.fev.2021) que iniciará neste mês os testes da vacina contra covid-19 em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos. O imunizante desenvolvido em parceria com a farmacêutica britânica Astrazeneca fará parte do 1º teste clínico no mundo com essa faixa etária.

Segundo a universidade, o estudo será feito com 300 voluntários, dos quais 240 serão testados para verificar a resposta imunológica à vacina. Os demais tomarão vacina para controle, de combate à meningite.

Para o pesquisador-chefe do imunizante na universidade, Andrew Pollard, ainda que a faixa etária esteja entre as que menos adoecem quando infectada, “é importante estabelecer a segurança e a resposta imunológica à vacina em crianças e jovens, pois alguns deles podem se beneficiar da vacinação”, afirmou, em nota (em inglês).

O pediatra Rinn Song, cientista clínico do grupo responsável pela vacina, afirmou que a coleta de dados permitirá a inclusão de crianças e adultos em campanhas de imunização.

“A pandemia de covid-19 teve um impacto negativo profundo na educação, no desenvolvimento social e no bem-estar emocional de crianças e adolescentes, além de doenças e apresentações raras de doenças graves. Portanto, é importante coletar dados sobre a segurança e a resposta imune à nossa vacina contra o coronavírus nessas faixas etárias, para que eles possam se beneficiar da inclusão em programas de vacinação em um futuro próximo.”

APLICAÇÃO NO BRASIL

O imunizante Oxford/Astrazeneca é um dos que estão sendo aplicados no Brasil. A vacinação começou em 23 de janeiro, depois de autorização concedida pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

A campanha começou com o envio de doses pelo Instituto Serum, na Índia, mas terá andamento com produção da vacina no Brasil por meio da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, informou na 5ª feira (11.fev) que a China confirmou o envio de duas remessas de insumos para produção de 13 milhões de doses. A fundação recebeu no sábado (6.fev) o 1º lote da matéria-prima necessária para produzir a vacina. A remessa chegou com atraso de 1 mês.

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