A vacinação contra a Covid-19 está completando três anos no Amazonas, nesta quinta-feira (18). No estado, 639.341 casos da doença foram confirmados desde o início da pandemia. Não houve registro de mortes pela doença nos últimos sete dias.

O início da campanha de vacinação aconteceu em janeiro de 2021, momento em que Manaus passava pela segunda onda da doença. A primeira pessoa vacinada no Estado foi a enfermeira indígena Vanda Ortega.

Até o dia 13 de janeiro de 2024, os casos confirmados da Covid-19 chegaram a 639.341 no Estado, segundo a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP).

Na última semana – de 7 a 13 de janeiro de 2024, o Estado registrou um total de 438 novos casos. O percentual registrado em comparação com a semana anterior – de 31 de dezembro de 2023 e 6 de janeiro de 2024 – teve um aumento de 100,92% em casos a doença.

Os dados constam no boletim semanal de monitoramento da doença no estado feito pela FVS-RCP.

Apesar da alta no número de casos, o Amazonas não registrou mortes de Covid-19 nos últimos sete dias. No total, desde que os dados passaram a ser monitorados, o estado soma 639.341 casos e 14.485 registros de mortes pela doença.

Vacinação no Amazonas

Conforme os dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), 9.772.285 de doses foram aplicadas em todo o estado até a quarta-feira (17). Já a cobertura vacinal da população contemplada foi de 4.167.182 habitantes.

De 2021 pra cá, 82,8% da população recebeu a primeira dose da vacina. Já 71,4% da população foi imunizada com a segunda dose.

Confira os dados:

• 3.450.664 de primeira dose,
• 2.975.653 de segunda dose,
• 926.615 de terceira dose,
• 64.118 com dose única,
• 1.446.376 de 1ª dose de reforço,
• 327.522 de 2ª dose de reforço,
• 14.378 de 3ª dose de reforço,
• 25.260 de dose adicional para os imunossuprimidos,
• 541.699 doses de vacina bivalente.

Início da campanha de vacinação

As primeiras doses da vacina contra a Covid-19 chegaram ao Amazonas por volta de 18h45 do dia 18 de janeiro de 2021. Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) transportou os imunizantes de São Paulo, e pousou na Base Aérea de Manaus, na Zona Sul.

O início da campanha de vacinação aconteceu no momento em que a capital do Amazonas passava pela segunda onda da Covid-19. Com recordes de casos e internações, na época, houve um colapso no sistema de saúde por conta da falta de oxigênio nos hospitais.

Por conta disso, o Amazonas chegou a receber doses extras de imunizante.

Crise do oxigênio

No dia 14 de janeiro de 2021, o caos se instalou no sistema de saúde de Manaus, quando faltou oxigênio nos hospitais. Na época, o estado registrava recorde de internados com Covid, e as unidades ficaram superlotadas. O Amazonas foi o primeiro estado do país a sofrer com os impactos da segunda onda da Covid.

Investigações do Ministério Público e da Defensoria Pública apontam que mais de 60 pessoas morreram em todo o estado por conta da falta de oxigênio. Mais de 500 pacientes foram transferidos às pressas para hospitais em outros estados.

Até hoje, ninguém foi responsabilizado pela crise do oxigênio. Autoridades públicas e empresas privadas são alvos de ações do MP-AM, MPF e da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, instalada no Senado.