A nuvem de gafanhotos que está na Argentina começou a se movimentar e está a cerca de 123 km da cidade de Barra do Quaraí, que fica no extremo oeste do Rio Grande do Sul. O deslocamento de cerca de cerca de 40 km de distância ocorreu entre sábado (18) e domingo (19). O Ministério da Agricultura afirmou que a nuvem não se desloca em direção ao Brasil. No entanto, autoridades seguem monitorando a situação.

Na avaliação do diretor do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas do Ministério da Agricultura, Carlos Goulart e do meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) Mozart Salvador, a movimentação da nuvem está dentro do esperado e o vento é o fator determinante para a situação. À CNN, os especialistas disseram acreditar que o Sul do país não será atingido.

“O nosso monitoramento é feito a partir de dados compartilhados entre os órgãos de defesa agropecuária dos outros países. Eles são baseados no clima, e o vento é o grande determinante do movimento desta nuvem. Como já havíamos previsto, a nuvem segue caminhando para o Sul, em direção ao Uruguai. A questão toda da emergência é porque ela está muito próxima da fronteira com o Brasil. Mas, por enquanto, segue indo para outros países”, explicou Goulart.

Quanto à meteorologia, Mozart também afirma que o sentido de movimentação dos ventos favorece o país e mantém a nuvem no território argentino.

“Existem alguns fatores importantes, do ponto de vista meteorológico, para a questão da movimentação dos ventos. O vento está sendo favorável para o país porque o movimento dele está sendo sentido Norte-Sul, isso mantém a nuvem dentro do território argentino. E deve permanecer nesta condição nos próximos dias”, finalizou o meteorologista.

Com informações da CNN Brasil