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Veterinária alerta para os cuidados  com os pets nas festas de fim de ano 

Veterinária alerta para os cuidados  com os pets nas festas de fim de ano 
28/12/2020 11h41

Com a proximidade das festas de Natal e Réveillon muitas famílias se reúnem para comemorar. E para quem é tutor de pet esta época exige alguns cuidados extras para que os cães e gatos se mantenham em segurança. A coordenadora do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Fametro, Marina Pandolphi Brolio, ressalta que muitos incidentes podem acontecer no período das festas,  desde acidentes domésticos até fugas. Por isso, ela lista algumas dicas para os tutores.

Segundo ela, é comum as pessoas decorarem seus lares, e esses enfeites natalinos podem ser um verdadeiro perigo porque os adornos das árvores de Natal podem ser vistos pelos pets como brinquedos, e serem ingeridos, causando distúrbios graves. Nesses casos, é comum que cães e gatos necessitem passar por  procedimentos cirúrgicos por ingerirem pedaços de árvores, bolas, entre outros enfeites. “As luzes tipo “pisca-pisca” atraem os animais, que podem levar choques e desenvolver problemas metabólicos e neurológicos, além de queimaduras na língua, focinho e patas se morderem os fios. Quando ingeridas, essas luzes podem causar lesões graves no trato gastrointestinal dos animais.  Os gatos são curiosos, tendem a subir em mesas e estantes para cheirar novos objetos,  que podem cair, quebrar e também causar ferimentos. Vale a pena redobrar a atenção com os objetos decorativos”, destacou.

Outro ponto de atenção dos tutores deve ser com relação a problemas alimentares. De acordo com ela, cães e gatos possuem muitas restrições alimentares, por isso não é aconselhável oferecer ao pet as comidas da ceia  mesmo em quantidades pequenas. “Ossos podem ser fatais quando consumidos pelos animais, a torta mesmo que somente um pouquinho é suficiente para causar intoxicações graves com crises de vômito e diarreia, que muitas vezes levam cães e gatos para o pronto-socorro veterinário, pois evoluem rapidamente”, frisou.

Marina Pandolphi lembra que o chocolate, comum no preparo das sobremesas, é extremamente tóxico para cães. Se o tutor quiser oferecer algum alimento tradicional dessa época, a dica é procurar por produtos feitos especialmente para os pets, como o panetone, que já possui no mercado versões exclusivas para os animais.

Em relação aos fogos de artifício, a veterinária orienta que sempre que possível os tutores estejam com os seus pets nesse momento, pois é comum, principalmente, os cães sentirem medo e se assustarem com os barulhos emitidos. “Os cachorros podem entrar em pânico e tentar saltar por muros e janelas, atravessar portas de vidros, entre outras situações. É  importante verificar sempre se janelas, portas e portões estão bem fechados para evitar fugas”.

A médica veterinária recomenda que os tutores evitem levar animais no colo ou coleira para assistir a queima de fogos na rua e calçada, já que eles podem se assustar e fugir, podendo até sofrer acidentes. Uma dica é: dependendo do tamanho do pet, vale colocar um pouco de algodão nos ouvidos, vedar portas e janelas para diminuir o som externo e até ligar a televisão ou rádio para os animais ouvirem outros sons. Vale também inspecionar o quintal ou cômodo onde o pet ficará, para tirar objetos que podem, porventura, se tornar perigosos e machucar os bichinhos num momento de angústia.

Outra orientação é não alimentar os cães perto do horário das queimas de fogos. A última refeição do dia deve ser oferecida por volta das 17h ou 18h, para evitar complicações como vômito, dilatação e até torção gástrica, caso os animais se agitem muito na hora da virada.

Para os pets que já apresentam histórico de alterações comportamentais importantes ou distúrbios cardíacos e neurológicos, é extremamente importante uma consulta com o médico veterinário de confiança. O profissional poderá  prescrever medicações calmantes para tornar essa época do ano menos traumática para eles. “Alguns animais de meia idade a idosos podem ir a óbito em função do medo  e estresse se tiverem alguma condição pré-existente desconhecida pelos tutores e por isso não tratada adequadamente. Da mesma forma, medicar o pet sem conhecimento e supervisão de um médico veterinário também pode ser muito prejudicial ao animal. Atualmente existem florais, fitoterápicos e medicação alopática para ajudar nesses momentos, mas somente o médico veterinário saberá  qual o melhor produto e o momento em que o tratamento deverá iniciar, haja vista que a maioria dessas medicações deve começar a ser oferecida bem antes  das festas”, pontuou.

A médica veterinária também comenta que existem muitos hotéis para cães que podem ser uma excelente escolha para os pets nas festas de fim de ano, porém os tutores devem considerar vários pontos antes de deixar o animal nesses locais. A orientação é que o pet  faça um período de adaptação prévio para que seja um processo de ambientação e confiança natural. É importante, ainda, conhecer bem as dependências do local, o esquema de trabalho nos dias de festa, quais os pré-requisitos que o local pede dos animais etc. “Se o local não indica a ambientação prévia do pet, não solicita a carteira de vacinação atualizada, não exige a aplicação de produto contra pulgas e carrapatos, talvez esse não seja o local ideal para deixar seu animal de estimação”.

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