13/02/2023 16h08
Durante o pequeno expediente desta segunda-feira, 13, na Câmara Municipal de Manaus (CMM), localizada na rua Padre Agostinho Martin, no São Raimundo, zona Oeste, os vereadores Marcelo Serafim (PSB) e Sassá da Construção Civil (PT) trocaram farpas após discussão. A situação dividiu a casa.
A polêmica ocorreu após Sassá cobrar assinaturas para Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) em desfavor da empresa Águas de Manaus. De acordo com ele, alguns parlamentares estariam fazendo vista grossa para o processo de investigação, recusando-se a assinar o requerimento que pede a CPI da Águas de Manaus.
“Eu não tenho o ‘rabo preso’ com a empresa Águas de Manaus e tem vereadores pressionando outros pares para não assinarem o documento, e vou expor os nomes desses parlamentares na imprensa”, disparou Sassá da Construção.
Marcelo reagiu à pressão de Sassá e, em questão de ordem, usou a tribuna e desferiu várias acusações, incluindo o de extorsão mediante a favorecimentos.
“Vossas excelências me conhecem: muitos divergem de mim, mas sem caráter eu não sou. Não fui eu que foi a uma empresa para extorqui-la; não fui eu que foi na empresa negociar para fazer obras com empresas ligadas à mim. Vossa excelência lave a sua boca. Todos aqui conhecem o vosso modus operandi”, disparou Marcelo Serafim.
Ainda de acordo com Marcelo, o vereador Sassá, que tinha treze assinaturas no requerimento, teria afirmado que, num momento passado, rasgou o papel da CPI e que agora, de forma ‘leviana’, retomou as discussões insinuando que os colegas não querem assinar o documento. Por esse motivo, sentiu a necessidade de fazer uso da palavra.
O bate-boca foi encerrado pelo presidente da CMM, Caio André, que em seguida retomou os trabalhos pautados para a sessão ordinária.
CPI Águas de Manaus
Sassá da Construção Civil é autor da proposta que foi lançada em agosto de 2021. Até dezembro, no fim dos trabalhos legislativos de 2022, a propositura contava com 13 assinaturas, faltando apenas uma para atingir um terço dos parlamentares necessários. Com a troca de vereadores, agora, a proposta depende de duas assinaturas para ser implementada.