Manaus, 29/03/2024

Política

Violência política contra vereadora de Manacapuru será levada ao TRE-AM e MPAM, afirmam deputadas

Violência política contra vereadora de Manacapuru será levada ao TRE-AM e MPAM, afirmam deputadas
06/12/2022 15h40

O presidente da Câmara Municipal de Manacapuru, Sassá Jefferson (Republicanos), deve ser denunciado ao Ministério Público do Amazonas e ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM). Na sessão desta terça-feira (6), da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), as deputadas Alessandra Campelo (PSC) e Joana Darc (UB) repudiaram a cassação do mandato da vereadora Lindynês Leite (PMN).

Pra elas a ação orquestrada pelo presidente do parlamento às vésperas da eleição para a nova Mesa Diretora foi ilegal e fruto de violência política de gênero. Segundo Joana Darc, a vereadora tem sido perseguida pela base do prefeito Beto Dangelo (MDB) por ser opositora à gestão.

“O presidente da Câmara está tentando usurpar o mandato dela, um mandato que foi conferido pelo povo e quando acontece uma injustiça como essa a gente não pode se calar, nem se omitir independe das posições partidárias e políticas”, disse a deputada à imprensa.

A parlamentar declarou ainda que essa é a segunda vez que a presidência atenta contra o mandato de Lindynês e, por isso, a Comissão da Mulher, da Família e do Idoso da (ALE-AM) está empenhada no caso e tem dado apoio a vereadora. A denúncia contra a presidência da Câmara de Manacapuru será levada a Ouvidoria da Mulher no TRE-AM e do MPAM.

“A gente vê [no município] uma Câmara majoritariamente composta por homens e não existe uma parlamentar eleita de forma democrática perder o mandato sem direito a ampla defesa. A gente não vive numa tirania”, disse Joana que pouco antes na tribunal da Assembleia lembrou dos episódios em que ela e Alessandra Campelo foram atacadas com comentários machistas. Para a deputada, a vereadora Lindynês está sendo vítima de crime eleitoral de violência política gênero, que é previsto no Código Eleitoral e prevê uma pena de 1 a 4 anos de prisão e multa.

Alessandra, que preside a Comissão da Mulher, da Família e do Idoso lembrou que o caso de Lindynês chegou ao Judiciário, que assegurou a ela o direito de permanecer no seu cargo.

“A grande verdade é que a vereadora Lindynês está sendo vítima de perseguição. Ela foi cassada duas vezes, em duas sessões seguidas, simplesmente porque há uma disputa pela presidência da Câmara de Vereadores e a vereadora apoia uma chapa que não é a do atual presidente”, afirmou a deputada Alessandra no plenário da Assembleia.
Para Alessandra, a vereadora Lindynês foi legitimamente eleita pela população no pleito de 2020 e seu mandato deve ser assegurado, até porque a Justiça já se manifestou positivamente a esse respeito.
“Mais uma vez a mulher é a principal vítima, é a perseguida. Há 17 vereadores na Câmara Municipal (de Manacapuru), mas é muito mais fácil para os homens machistas e covardes tentarem cassar o mandato de uma mulher. Isso é violência política de gênero, é uma covardia”, concluiu a deputada Alessandra.

A extinção do mandato da vereadora Lindynês Leite (PMN) por excesso de faltas, em Manacapuru, causou uma confusão generalizada que motivou o encerramento da sessão legislativa de segunda-feira (05) por “insegurança”. A destituição do cargo aconteceu às vésperas da eleição para a presidência da Casa e foi feita a pedido 1º suplente dela, Robson Nogueira. O ato foi oficializado pelo presidente da Câmara, Sassá Jefferson na quinta-feira passada. A vereadora acusou o presidente da Câmara de infringir o regimento interno da Casa.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

fonte: Acritica

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