Segundo a polícia, equipes cruzaram sinais vermelhos, trafegaram pela contra mão e excederam o limite de velocidade para encontrá-lo.
Em nota divulgada nas redes sociais, a defesa do youtuber, representada pelo escritório de advocacia Robson Edésio, informou que “todas as medidas necessárias já estão sendo tomadas e, em breve, tudo será esclarecido”.
O suspeito, segundo a Polícia Civil, também foi detido pelo artigo 41 da Lei de Contravenções Penais, que fala sobre “praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto”.
Ainda conforme a investigação, o homem se apresentou à delegacia na presença do advogado, ficando em silêncio durante o interrogatório.
Após cercar a casa e abordar o youtuber, segundo a PM, ele relatou aos policiais que estava “apenas gravando um vídeo em via pública, de simulação de um assalto, para seu canal de youtube, e que as armas usadas seriam do tipo airsoft“. Os itens foram apreendidos.
Conforme o relatório da Polícia Militar, também disse que não tem autorização de órgãos públicos para gravar as cenas em via pública (leia mais abaixo).
Advogado criminalista Guilherme Silva explica que não há previsão expressa na legislação de que gravações do tipo devam ser autorizadas por órgãos de segurança, mas que alguns cuidados devem ser tomados.
“É recomendável que haja a comunicação do comandante de policiamento ostensivo e do delegado de polícia da região onde será gravada a cena, de preferência por escrito, para evitar que as forças policiais sejam mobilizar de forma desnecessária com a encenação”.
Ele complementa que é importante que a cena não envolva pessoas externas, sem conhecimento do que está acontecendo, sob pena de se instaurar situação de pânico.
“Os envolvidos deverão responder pelos delitos vinculado à conduta simulada, tais como roubo ou mesmo porte de arma de fogo”, explica. De acordo com o especialista, poderão ser responsabilizados “por outros crimes gerados pela conduta”, explica.