Manaus, 26/04/2024

Brasil

A Mulher da Casa Abandonada revela foragida do FBI no Brasil

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05/07/2022 11h10

No dia 8 de junho, estreou uma série de podcast intitulado A Mulher da Casa Abandonada, produzido pelo jornal Folha de S. Paulo. O projeto, feito pelo jornalista Chico Felitti, dominou as redes sociais nas últimas semanas, tornou-se um dos assuntos mais comentados e trouxe à tona a história de uma mulher que, até então, era completamente desconhecida pela maioria dos brasileiros: Margarida Bonetti.

O podcast foca em uma casa abandonada e visivelmente deteriorada localizada Higienópolis, bairro nobre de São Paulo, que destoa dos demais prédios vizinhos. A casa, que de acordo com os moradores da região possui mau cheiro, muito lixo e entulhos, é onde reside uma senhora que se apresenta como Mari. Curioso, Chico decide investigar os motivos que levaram a mulher, que cobre o rosto com uma espécie de pomada branca, a morar sozinha no casarão.

O jornalista, então, descobre que Mari, na verdade, se chama Margarida e esconde um segredo: ela é foragida do FBI. Margarida é ex-mulher de Renê Bonetti e, em 1979, o casal foi morar nos Estados Unidos e levou uma empregada brasileira. No entanto, a mulher não recebia salário, era torturada e vivia no porão da casa dos Bonetti. Vale ressaltar que Chico afirmou para um internauta no Twitter que a própria Margarida autorizou o lançamento do podcast.

Uma matéria publicada pela própria Folha de S. Paulo no ano 2000 afirma que Renê foi condenado pelo tribunal norte-americano a 6 anos e meio de prisão e também a pagar uma indenização no valor de 110 mil dólares que, na época, era o equivalente a 198 mil reais. Mas, Margarida não foi julgada da mesma forma porque fugiu para o Brasil e, desde então, ficou foragida da justiça dos Estados Unidos.

Desde a divulgação do podcast, curiosos passaram a ir até o casarão de Margarida, que tornou-se um ponto turístico. Mas, nesta semana, a situação ganhou uma grande proporção com um número considerável de pessoas indo até o local para ver de perto a casa. Na fachada da residência, foi pichada a palavra “escravocrata”. Internautas relataram que a mulher foi retirada de casa, outros, afirmam que ela fugiu. Além disso, perfis nas redes sociais fotografaram policiais na rua em que o casarão está.

A ativista Luísa Mell esteve no casarão de Margarida para resgatar dois cachorros que viviam lá. Ao chegar no local, os animais estavam sozinhos. A equipe de Luísa Mell entrou no terreno, resgatou os cães e os levaram para receber os cuidados necessários.

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