Manaus, 02/05/2024

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ARQUIDIOCESE DE MANAUS REALIZA NESTA QUINTA-FEIRA (5) A 25º EDIÇÃO DO GRITO DOS EXCLUÍDOS E EXCLUÍDAS

Coletiva de imprensa sobre o grito dos excluídos Foto: Hitalo Kleto/Portal do Generoso
Coletiva de imprensa sobre o grito dos excluídos Foto: Hitalo Kleto/Portal do Generoso
03/09/2019 12h15

A Arquidiocese de Manaus realizou na manhã desta terça-feira (03) a coletiva de imprensa sobre a 25º edição do Grito dos Excluídos e Excluídas. Estava presente na coletiva o arcebispo de Manaus, Dom Sérgio Castriane, e representantes da cáritas arquidocesana e das pastorais sociais.

A 25º edição do Grito dos Excluídos e Excluídas – Vida em Primeiro Lugar, trás este ano por lema “Este sistema não vale! Lutamos por Justiça, Direitos e Liberdade!”. A concentração acontece na Rotatória de Iranduba, após da saída da Ponte Rio Negro, e espera reunir cerca de 5 mil pessoas em uma Romaria das Águas, dando voz e vez a quem é colocado à margem da sociedade.

O arcebispo de Manaus falou da importância da participação da igreja na luta dos direitos de todos os cidadãos. “Na sua vigésima quinta edição, o grito já faz parte do calendário de eventos da sociedade civil. Seria muito bom se não fosse mais necessário fazer uma ação como essa. Isto seria possível caso o fenômeno da exclusão tivesse terminado ou diminuído a ponto de se tornar contornável. Em qualquer sociedade haverá indivíduos que serão excluídos ou que se colocarão com toda a liberdade fora da maioria. Mas no Brasil o fenômeno da exclusão é sistêmico. Grupos inteiros de pessoas são excluídas da saúde, educação, moradia digna, segurança como fruto de um sistema excludente”, destaca Dom Sergio Castriani, arcebispo metropolitano de Manaus.

O arcebispo ressalta ainda que o grito dos excluídos não é um grito de desespero, mas de alegria pelo dom da vida e quer chegar àqueles que impedem as pessoas de viver com seus planos econômicos e suas empresas que trazem a morte da natureza e da humanidade. “Não é um grito de desespero, mas de alegria pelo dom da vida. Quer, no entanto, chegar àqueles que impedem as pessoas de viver com seus planos econômicos e suas empresas que trazem a morte da natureza e da humanidade. O grito é também uma oração a Deus que escuta o clamor de seu povo. Já tivemos prova de que superar a exclusão é possível e começa entre os pequenos que se juntam para viver seu sonho de um mundo fraterno e acolhedor. Não precisamos esperar a grande revolução. Podemos ser pessoas que incluem os outros na própria vida, fazendo da nossa vida e das nossas atitudes parábolas de um novo tempo que com certeza virá”, indagou do arcebispo.

Sobre a temática

Os direitos e os avanços democráticos conquistados nas últimas décadas, frutos de mobilizações e lutas, estão ameaçados. O ajuste fiscal, a reforma trabalhista aprovada e o projeto de Reforma da Previdência estão retirando direitos dos trabalhadores para favorecer aos interesses do mercado. Diante desta realidade vivida pela população, o Grito precisa colaborar para gerar processos de conscientização e de mobilização social e de profecia da Igreja em defesa dos mais vulneráveis.

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