Há 22 anos desenvolvendo atividades que oferecem assistência social, saúde e educação a pessoas com autismo e seus familiares, a Associação de Amigos do Autista do Amazonas (AMA-AM), com sede no Puraquequara, zona Leste, é a única na cidade que atende a autistas adultos, a partir dos 14 anos de idade. Para manter os serviços, a associação conta com doações, convênios e parcerias com empresas e instituições. Recentemente, a entidade foi contemplada com os recursos de fomento disponibilizados pela Prefeitura de Manaus, por meio do Fundo Manaus Solidária.

 O projeto fomentado “Caminhos para a Inclusão” atende diretamente 40 pessoas com ações que promovem a inclusão do autista, por meio do convívio social, familiar e comunitário, contribuindo com o desenvolvimento da autonomia, autoestima e inserção dos participantes. Dentre os principais serviços estão a acolhida, escuta qualificada, orientação e encaminhamento à rede de proteção e serviços, visitas domiciliares, atendimento de fonoaudiologia e atividades físicas.

De acordo com Leida Maciel, presidente da AMA, os recursos do fomento possibilitaram a manutenção do quadro de funcionários da associação, ao longo de 2019, incluindo a contratação de assistente social, fonoaudióloga, psicóloga e motorista. Além disso, a parceria também viabiliza a compra de alimentos e combustível. “Sem esses recursos não conseguiríamos oferecer atendimento de qualidade, e dar a atenção diferenciada que o autista adulto necessita. Eu vejo o Fundo Manaus Solidária como um grande amigo, com quem a gente pode contar”, comentou.

Presidente do Fundo Manaus Solidária, a primeira-dama de Manaus Elisabeth Valeiko Ribeiro ressalta a importância dos atendimentos prestados pelas organizações sociais e ainda a satisfação de ver projetos que beneficiam vidas saindo do papel. Segundo ela, os fomentos estão sendo fundamentais para que atividades, até então “paralisadas”, sejam implementadas num curto espaço de tempo, beneficiando muitas vidas.

“Para mim, para o prefeito Arthur Neto e para o Fundo Manaus Solidária como um todo é motivo de muita alegria e satisfação todas as vezes que os resultados dos projetos chegam. É a constatação de que tudo está seguindo o caminho programado, como deveria ser e que estamos alcançando vidas, beneficiando famílias. Os fomentos têm permitido que as organizações ganhem em qualificação profissional, melhoria de espaços e viabilização de projetos. Isso para nós é extremamente gratificante e nos motiva a fortalecer ainda mais as parcerias com as organizações sociais”, afirmou.

Qualidade de vida

O atendimento também gera melhorias na qualidade de vida dos familiares dos assistidos, especialmente daqueles que possuem um grau severo da doença e necessitam de atenção integral. O atendimento atua como um suporte para os pais, que passam a ter mais tempo livre para cuidar de si.

“A função que exerço como assistente social é muito dinâmica e perpassa por quase todos os campos da entidade. Faço triagem, avaliação socioeconômica, inserção dos usuários nas ações e o acompanhamento. Tudo para que possamos promover melhoria na qualidade de vida deles. Sinto-me feliz em participar do projeto, que vem avançando de forma significativa, contribuindo para a qualidade de vida e a inclusão dos usuários e seus familiares”, destacou Raimara Uchoa, assistente social da AMA.

Além de oferecer apoio aos familiares de autistas, alcançando um maior número de pessoas, com as atividades oferecidas aos 40 educandos fixos, a associação também realiza atendimentos ao público externo, por meio das ações sociais que incluem serviços odontológicos, psicológicos, manicure, corte de cabelo e emissão da carteirinha do autista.

Inácia Rodrigues é mãe de Rennan Brito, de 28 anos, e reconhece a importância da assistência oferecida pela associação e os benefícios trazidos à vida de sua família. “O Rennan frequenta a AMA há 15 anos, recebendo o melhor atendimento possível, que incluem também o odontológico e médico. A AMA tem uma importância fundamental em nossas vidas, pois além de oferecer todo esse suporte para o meu filho, me dá a possibilidade de poder acompanhá-lo e me sentir útil, ajudando a instituição com trabalho voluntário, enquanto meu filho está realizando suas atividades”, disse.