“Estamos com esse problema desde o ano passado e falam tanto desse auxílio aluguel e nossa situação até agora não foi resolvida. Durmo aflita com a minha filha, lembrando da mãe que morreu abraçada com a filha dela”, disse, referindo-se ao deslizamento que matou oito pessoas no Jorge Teixeira no último domingo.

Romero Vieira, 56, técnico de enfermagem, é morador do local e afirmou que são 10 famílias que estão nessa situação, mas nenhuma atitude é tomada.

“Esse problema não é de hoje e nem precisa estar chovendo para esse barranco cair. Quando entramos em contato com eles, falam que falta uma assinatura do secretário de obras para indenizarem nossas casas. Estão esperando o pior acontecer”, lamentou.

A Defesa Civil, engenheiros e demais técnicos de obras estiveram no local e interditaram cerca de 10 casas. Segundo o diretor de operações da Defesa Civil, José Mendes, todos os moradores serão retirados do local de risco.

“Retiramos as famílias, demos colchões e estamos ajudando fazer a mudança desses moradores. Estamos solicitando o caminhão para levarem seus pertences para uma ONG e quem ainda não tem o auxílio, já estamos providenciando”, disse o diretor.

Os moradores do local reforçam que os auxílios oferecidos não suprem a necessidade deles, visto que são famílias grandes.

“Eu sei que é um auxílio apenas, mas esse valor não dá para alugar uma casa pra uma família de sete pessoas, nossas casas são grandes, nossa família é grande, são casas de alvenaria. O que deveria ser feito aqui era uma obra para que esse barranco não desabasse em cima da gente, mas passou o verão e eles não fizeram nada”, contou.

Com informações do portal A critica