Manaus, 07/05/2024

Política

“BOLSONARO DÁ MOTIVOS PARA QUE A IMPRENSA O CRITIQUE”, DIZ SERAFIM

Deputado Serafim Corrêa
Foto: Marcelo Araújo
Deputado Serafim Corrêa Foto: Marcelo Araújo
02/09/2019 21h44

“Isso nos remete à época do Regime Militar. É lamentável que o presidente da República tenha essa postura. Entendo que a democracia será mais ativa com uma imprensa livre. Cabe ao governo responder à imprensa e não cercear a imprensa. Ele dá motivos para que a imprensa o critique. Bolsonaro é a fonte do seu próprio desgaste, porque reiteradamente diz coisas que não fazem nexo e que não têm pé nem cabeça”.

Essa foi a declaração do deputado Serafim Corrêa (PSB), ao falar da postura do presidente Jair Bolsonaro (PSL) quando ele, em uma rede social, defendeu a prisão de jornalistas com pena de dois a oito anos de prisão, que segundo ele “publicam mentiras” ao seu respeito. A declaração de Bolsonaro foi transmitida na noite da última quinta-feira (29).

Jair Bolsonaro citou como exemplo notícias na mídia sobre familiares da primeira-dama, Michele Bolsonaro, e da avó da primeira-dama, Maria Aparecida Firmo Ferreira, que já responderam a ações na Justiça. Ainda sobre fake news, o presidente disse que há um discurso errado sobre a divulgação de notícias da Amazônia, que há mais de uma semana está sendo incendiada.

Serafim ainda disse que o presidente é protagonista da crise da Amazônia no mundo. “Exemplo de equívoco é chamar a crise no mundo inteiro para a questão da Amazônia, quando nós sabemos que, efetivamente, as queimadas aumentaram, e muito. Ao invés de combater as queimadas e propagandear isso, Bolsonaro primeiro disse que não tinham queimadas e depois decidiu combatê-las, mas aí o mundo inteiro já está contra nós. Essa mídia negativa é muito ruim para o Brasil”, disse o deputado.

Líder do PSB na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, Serafim também lamentou o embate do Brasil com a França, envolvendo o presidente Emmanuel Macron. “É um equívoco brigar com a França, que integra o G7. Isso desperta a solidariedade de toda  União Europeia. Os povos não têm amigos e nem inimigos. Temos que ter clareza disso. Os Estados Unidos não são amigos do Brasil e nem o Brasil é amigo dos Estados Unidos. O que temos em comum são interesses”, concluiu o deputado.

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