Manaus, 04/05/2024

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BOMBEIROS FAZEM RESGATE, MAS MAQUINISTA MORRE APÓS MAIS DE 7 HORAS PRESO ÀS FERRAGENS

BOMBEIROS FAZEM RESGATE, MAS MAQUINISTA MORRE APÓS MAIS DE 7 HORAS PRESO ÀS FERRAGENS
27/02/2019 14h42

Após mais de sete horas de um resgate dramático, morreu o maquinista retirado das ferragens de um dos dois trens que bateram às 6h55 desta quarta-feira (27), em São Cristóvão, Zona Norte do Rio. Os bombeiros tentaram reanimar a vítima por quase 40 minutos, mas ele não resistiu, segundo informações da corporação.

O condutor, que ainda não teve o nome revelado, foi retirado por volta das 14h30 em uma maca, desacordado. Ainda na estação de trem, os bombeiros seguiram por mais de 30 minutos com procedimentos de reanimação, com massagem cardíaca e uso de desfibrilador, mas não conseguiram salvá-lo. Mais de 20 homens participaram da operação.

Um helicóptero da corporação chegou a pousar na rua ao lado da Quinta da Boa Vista, que foi interditada. A aeronave, no entanto, deixou o local sem levar o maquinista.

Enquanto estava preso nas ferragens, ele foi mantido vivo respirando com auxílio de um balão de oxigênio e com transfusão de sangue e aplicação de soro. A corporação informou que ele estava lúcido e conversou com bombeiros.

Agentes usaram maçaricos e outras ferramentas para tentar liberar espaço retirando peças das ferragens. Os outros, com mangueiras, resfriavam o trem e evitaram um possível incêndio.

Além do maquinista, outras oito pessoas ficaram feridas no acidente. Sete delas foram levados para o Hospital Souza Aguiar e já receberam alta, e um foi para o Salgado Filho, no Méier, onde segue internado, com quadro estável.

O encanador Sandro Ricardo Moreira, morador de Duque de Caxias, estava indo para Cascadura e teve uma luxação no joelho esquerdo durante a colisão do trem. Sandro contou que a composição ficou parada por dez minutos antes do impacto.

“Eu rolei no chão, bati e machuquei”, disse o encanador, que todos os dias faz a baldeação na estação de São Cristóvão.

O acidente

A colisão aconteceu entre um trem do ramal de Deodoro, que vinha da Central, e uma composição ainda não identificada que também saiu da Central. Um dos trens estava parado quando o outro bateu. O choque foi tão violento que a locomotiva de um dos trens se soltou do chassi e ficou esmagada.

Em nota, a concessionária informou que uma sindicância foi instaurada para apurar as causas do choque. A Agetransp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro) informou, em nota, que está investigando as circunstâncias do acidente.

“Equipes técnicas foram enviadas à estação para fazer o levantando do local do acidente. Além das causas da colisão, também serão objeto de análise pela agência reguladora a adequação do atendimento prestado aos usuários pela concessionária SuperVia e dos procedimentos adotados para o restabelecimento da normalidade na operação comercial dos trens. A concessionária poderá ser multada”, diz a nota.

 

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