Manaus, 26/04/2024

Brasil

Câmara deve retomar votações após eleições municipais

Deputado Ricardo Barros durante sessão de votação para presidente da Câmara dos Deputados.
Deputado Ricardo Barros durante sessão de votação para presidente da Câmara dos Deputados.
11/11/2020 21h30

A partir da próxima semana, após o primeiro turno das eleições municipais, neste domingo (15), o plenário da Câmara dos Deputados deverá retomar a votação de projetos de interesse do Palácio do Planalto.

Segundo o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), a expectativa é que, nas próximas duas semanas, antes do segundo turno eleitoral, a Casa vote o projeto de lei que institui o Programa de Estímulo ao Transporte por Cabotagem – BR do Mar (PL nº 4.199/2020), que tramita em regime de urgência. Previsto para o dia 29 deste mês, o segundo turno ocorre em municípios com mais de 200 mil eleitores quando nenhum dos candidatos a prefeito obtém no primeiro turno mais da metade dos votos válidos.

Depois do PL da Cabotagem, a pauta do líder do governo prevê a votação das propostas sobre a autonomia do Banco Central, o programa Casa Verde Amarela, a regulamentação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), o superávit de fundos do governo, e renegociações das dívidas.

Com Bolsonaro

O líder Ricardo Barros reuniu-se na tarde desta quarta-feira (11), no Palácio do Planalto, com o presidente Jair Bolsonaro e com o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. “Fizemos uma reunião para tratar da pauta da próxima semana. Encerramos eleições municipais, vamos iniciar votações. A base do governo, o líder [do bloco parlamentar PL, PP, PSD, Solidariedade, Avante] Artur Lira [PP-AL] já disse que topa votar de segunda a sexta, todos os dias, até o recesso parlamentar”, disse Barros, após o encontro no Planalto.

De acordo com Barros, a pauta indicada pelo governo será negociada com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). “Vamos ver se conseguimos, durante essas duas semanas, votar essas matérias para, em seguida, entrarmos nas reformas e nos projetos que vão requerer votação conjunta Câmara e Senado”, informou o deputado, referindo-se aos projetos de reforma constitucional, de diretrizes orçamentárias e do Orçamento  de 2021.

Com Maia e Alcolumbre

O governo ainda espera que os partidos no Congresso Nacional definam a composição da Comissão Mista do Orçamento (CMO). “Votar o Orçamento que exige uma articulação maior. O governo aguarda que os partidos da base se entendam, instalem a comissão e possamos avançar”, disse o líder do governo na Çâmara.

Sobre a retomada da agenda de reformas, ele afirmou que depende “de uma combinação” entre os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado,Davi Alcolumbre.

Quanto à proposição de um novo programa social pelo governo, a ser adotado após a extinção do auxílio emergencial, Barros disse acreditar que as duas Casas do Parlamento possam votar a medida ainda neste ano. “É a vontade do Congresso Nacional, do presidente Maia e do presidente Alcolumbre, e também do presidente Bolsonaro. Acho que esse conjunto de forças será suficiente para votarmos essa matéria, que é fundamental para que possamos abrir o [próximo] ano”, disse o líder do governo aos jornalistas.

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