Manaus, 08/05/2024

Política

CAPITÃO ALBERTO NETO INSTALA FRENTE PARLAMENTAR DO SISTEMA PENITENCIÁRIO COM ADESÃO DE MAIS DE 200 PARLAMENTARES

CAPITÃO ALBERTO NETO INSTALA FRENTE PARLAMENTAR DO SISTEMA PENITENCIÁRIO COM ADESÃO DE MAIS DE 200 PARLAMENTARES
23/05/2019 18h30

BRASÍLIA|  Sob a presidência do deputado Capitão Alberto Neto (PRB-AM), foi instalada a Frente Parlamentar Mista de Desenvolvimento Estratégico do Sistema Penitenciário, Combate ao Narcotráfico e Crime Organizado no Brasil. Para o parlamentar, idealizador do colegiado, que teve adesão de 200 deputados e 8 senadores, a violência ocupa lugar de destaque entre as preocupações dos brasileiros e, por isso, é um dos principais desafios para as próximas décadas.

“Trata-se de questão de extrema complexidade, que não pode ser solucionada com a adoção de medidas de caráter imediatista. Seus múltiplos aspectos demandam exame cuidadoso. Vamos analisar os mais diversos problemas enfrentados atualmente pelo sistema penitenciário”, adiantou o republicano.

Endossando o discurso do deputado Alberto Neto, o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, Fábio George, destacou a importância do tema. “Sem segurança não há saúde, não há educação, nem liberdade, nem vida. É preciso destravar as iniciativas importantes em curso nesta Casa, racionalizar e desburocratizar as investigações, melhorar sistema judiciário e tratar com mais rigor os crimes graves”, afirmou.

Capitão Alberto adiantou que a Frente deve priorizar propostas de combate ao narcotráfico e ao crime organizado. “Esse tema é da máxima importância, uma vez que 80% das ocorrências de delitos violentos registrados em nosso país têm relação com o tráfico de drogas. Dessa atividade ilícita resulta ainda a maior parte dos recursos que sustentam as facções criminosas, transformadas atualmente em enormes organizações, como se fossem empresas”.

Na análise do republicano, o sistema é ineficaz devido à superlotação e má gestão. “Nossos presídios se transformaram em ‘universidades do crime’, que, em vez de oferecer aos detentos a possibilidade de readaptação à sociedade, concorrem para fazer deles malfeitores ainda piores”, afirmou. Segundo ele, menos de 20% dos presos brasileiros têm a oportunidade de trabalhar ou de aprender um ofício. “Essa ociosidade dá aos internos muito tempo para se envolver com novas formas de delinquência”.

O alto custo de manutenção dos presídios foi questionado pelo deputado Coronel Tadeu (PSL-SP): “É um absurdo um preso custar muito mais do que uma criança numa escola. Reverter essa inversão de valores é nossa missão daqui para frente”, disse. Sobre o assunto, Alberto Neto acrescentou, ainda, que os presídios funcionam como ‘escritórios’ para os chefes das organizações criminosas, de onde eles comandam seus negócios, arregimentam integrantes para as suas quadrilhas e ordenam a execução de atividades ilícitas.

“Nesse ambiente, observa-se, muitas vezes, a corrupção de agentes públicos, a atuação do narcotráfico, o atrevimento de reclusos capazes de pagar por privilégios, como se estivessem em um hotel, enquanto a grande maioria da população carcerária vive em condições precárias”, finalizou Alberto Neto.

Estiveram presentes os republicanos Hélio Costa (PRB-SC), Milton Vieira (PRB-SP), além de representantes das carreiras de segurança pública e parlamentares membros do colegiado como os deputados Capitão Wagner (PROS-CE), Coronel Tadeu (PSL-SP) e Delegado Waldir (PSL- GO), e o senador Major Olímpio (PSL-SP).

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