Manaus, 04/05/2024

Mundo

Cidade dos EUA vai pagar multa de R$ 241 milhões a três homens condenados injustamente

Cidade dos EUA vai pagar multa de R$ 241 milhões a três homens condenados injustamente
23/10/2023 12h15

A cidade americana de Baltimore vai pagar uma multa de US$ 48 milhões (o equivalente a R$ 241,6 milhões, na cotação atual) a três homens que foram condenados injustamente por assassinato quando eram adolescentes e passaram 36 anos na prisão.

A cidade americana de Baltimore vai pagar uma multa de US$ 48 milhões (o equivalente a R$ 241,6 milhões, na cotação atual) a três homens que foram condenados injustamente por assassinato quando eram adolescentes e passaram 36 anos na prisão.

Alfred Chestnut, Ransom Watkins e Andrew Stewart tinham 16 anos quando foram presos no Dia de Ação de Graças de 1983, segundo o processo que os três abriram após serem libertados.

Eles foram acusados do assassinato de DeWitt Duckett, à época com 14 anos, morto na escola supostamente por conta de uma jaqueta. Os réus foram condenados por assassinato em primeiro grau e sentenciados à prisão perpétua.

Mas eles foram declarados inocentes décadas depois, depois que Chestnut apresentou um pedido de registros públicos. Ele descobriu novas evidências que foram ocultadas de seus advogados durante o julgamento e contatou a Unidade de Integridade de Convicções de Baltimore, que revisava condenações antigas.

Evidências ignoradas

Os investigadores “ignoraram evidências de testemunhas oculares e físicas que contradiziam a narrativa, incluindo evidências que apontavam para um suspeito diferente. Em vez disso, eles moldaram as evidências para implicar os requerentes – inclusive coagindo falsos testemunhos de jovens”, diz o processo, aberto pelo trio em 2020.

Ainda de acordo com o documento, a pessoa que realmente matou DeWitt já faleceu e se chamava John Doe.

“Em 25 de novembro de 2019, três dias antes do Dia de Ação de Graças, um juiz concedeu o mandado de inocência real (arquivado em conjunto pelos requerentes e pelo Estado de Maryland) e ordenou sua libertação imediata”, diz o processo.

À época, a procuradora da cidade de Baltimore, Marilyn Mosby, disse que houve “ocultação intencional e deturpação das provas de defesa, provas que teriam mostrado que se tratava de outra pessoa que não esses réus”.

Ela pediu desculpas aos homens quando eles foram libertados e prometeu trabalhar por reformas para pessoas condenadas injustamente.

O Conselho de Estimativas aprovou a multa na última quarta-feira (18), por unanimidade.

COMENTÁRIOS

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.