Manaus, 28/04/2024

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COMITÊ DE COMBATE À CORRUPÇÃO DENUNCIA EX-SECRETÁRIA DA SEJUSC AO MINISTÉRIO PÚBLICO

Reprodução/Internet
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05/06/2020 16h17

O Comitê de Combate à Corrupção e Caixa Dois Eleitoral ingressou hoje (5) com denúncia contra a ex-secretária de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), Caroline Braz, junto à Coordenadoria do Centro de Apoio Operacional às Promotorias Eleitorais do Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), por condutas vedadas e abuso de poder político e econômico.
Caroline Braz pediu exoneração da Sejusc nesta quarta-feira, 3, no prazo limite de desincompatibilização para agentes públicos que exerçam cargos de secretários de Estado e que pleitem disputar a eleição majoritária.

De acordo com a Lei Complementar 64/90, o secretário de Estado que deseja disputar o cargo de prefeito ou vice-prefeito deve deixar o cargo quatro meses antes das eleições.

Nos bastidores, Caroline estaria pavimentando sua pré-candidatura a prefeita ou vice-prefeita no pleito municipal deste ano e, estaria articulando a vaga de vice na chapa a ser encabeçada pelo pré-candidato a prefeito de Manaus, o deputado federal capitão Alberto Neto (Republicanos). Ela é filiada no PSC, o mesmo partido do governador Wilson Lima.

Uso da máquina
Caroline Braz é defensora pública licenciada e estava como titular da Sejusc desde janeiro de 2019, quando assumiu o cargo nomeada pelo governador Wilson Lima (PSC). Conforme a denúncia formalizada pelo comitê, elas foram embasadas em farto material recebido de funcionários da Sejusc, com imagens extraídas das redes sociais, blogs e da própria secretaria, onde Caroline Braz aparece usando a estrutura da máquina pública para autopromoção, com atos assistenciais, como emissão de 2ª via do RG, entrega de quatro mil máscaras e álcool em gel à instituições que trabalham com o público LGBT e Pessoas com Deficiência (PcDs), distribuição de 350 kits de proteção individual; realização de vacinação “drive-thru”.
Segundo a denúncia, as ações foram amplamente divulgadas nas mídias digitais, na página pessoal do facebook(@CarolBraz), com o nítido propósito de promoção pessoal, desrespeitando o princípio da impessoalidade na execução de tais programas custeados com verba pública.

Por causa dessas e das provas colhidas, que foram anexadas à representação eleitoral, o comitê solicitou ao coordenador das promotorias eleitorais do Ministério do Estado do Amazonas a apuração de possíveis ilícitos e o cumprimento da legislação eleitoral brasileira em vigor, com aplicações das sanções cabíveis no artigo 73 da Lei 9.504/97 no artigo 22 da Lei Complementar 64/1990, assim como, avaliar o pedido de Investigação Judicial Eleitoral para identificar o cometimento de possíveis crimes eleitorais para beneficiar a ex-secretária do Estado. A exoneração de Caroline Braz foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) nesta quarta-feira, 3.

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