Manaus, 02/05/2024

Turismo

Comunidade do Tumbira retoma turismo após Rio Negro voltar a encher no AM

Comunidade do Tumbira volta a receber turistas após início da cheia. — Foto: Roberto Garrido/Divulgação
Comunidade do Tumbira volta a receber turistas após início da cheia. — Foto: Roberto Garrido/Divulgação
11/02/2024 15h00

A Comunidade do Tumbira, na Região Metropolitana de Manaus, retomou o turismo após o Rio Negro voltar a subir. A vila, que vive da sustentabilidade e do turismo, foi afetada pela seca severa que atingiu o estado e precisou suspender as atividades, como, aulas e visitas.

O Rio Negro voltou a subir após registrar a maior seca dos últimos 121 anos. O período de estiagem tinha mudado o cenário do Amazonas e isolado comunidades. Agora, a cheia reaqueceu setores da economia que dependem de atividades como transporte fluvial e turismo.

A comunidade, localizada na outra margem do rio, foi uma das afetadas pelo fenômeno. Naturalmente, o acesso à vila costumava ser feito por barco partindo de Manaus, por cerca de 1h30. Com a seca, em certo ponto da viagem, os comunitários precisavam descer da embarcação e caminhar até chegar ao local.

Comunidade do Tumbira, no Amazonas, durante período de seca em 2023. — Foto: Divulgação/FAS
Comunidade do Tumbira, no Amazonas, durante período de seca em 2023. — Foto: Divulgação/FAS

Foram três meses de “sufoco”, conforme contou o dono de uma das pousadas do local e líder comunitário, Roberto Garrido. Agora, com o rio enchendo, a situação está mais tranquila.

“Foram meses bem difíceis aqui pra gente porque não tinha o que fazer. Nós somos empreendedores e a nossa comunidade vive do empreendedorismo. Como secou, a gente teve que parar as nossas atividades, tivemos inclusive que suspender as aulas, visitas, porque não tinha como fazer isso. Agora, com essa subida do rio, tem sido um alívio para nós”, explicou.

Tumbira voltou a receber turistas. — Foto: Divulgação
Tumbira voltou a receber turistas. — Foto: Divulgação

Com a melhora do cenário, a comunidade já começou a receber grupos de turistas, que voltaram a movimentar a economia da pequena população.

“Aqui nós trabalhamos pilares, como, a economia, o social e o ambiental, e tudo isso está interligado na sustentabilidade. O nosso carro chefe é o rio, ou seja, o turista não quer vir ver o rio sujo, o turista não quer ver a floresta sendo derrubada. Logo, nós prezamos por sermos sustentáveis e é esse o nosso diferencial, é o que atrai as pessoas para o Tumbira”, falou.

Turistas fazem imersão na Amazônia, na comunidade do Tumbira. — Foto: Divulgação
Turistas fazem imersão na Amazônia, na comunidade do Tumbira. — Foto: Divulgação

Em 2021, o g1 visitou a comunidade e viu de perto os projetos sustentáveis que são desenvolvidos pelos comunitários. Entre os trabalhos realizados, estão, o uso de sementes em artesanatos, a confecção de mandalas com sementes de açaí e andibora e o manejo sustentável de madeira.

Comunidade do Tumbira

A Comunidade do Tumbira é um modelo de como uma boa gestão e a execução de projetos podem gerar resultados positivos, beneficiando seus moradores em diversas áreas, além de proporcionar geração de renda conservando a floresta em pé.

No local, a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) é responsável por implementar ações que visam o crescimento econômico, educacional, cultural, turístico e de infraestrutura física e tecnológica, beneficiando diretamente os mais de 140 ribeirinhos.

As ações ocorridas nas Unidades de Conservação (UCs) são feitas em parceria com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amazonas (Sema/AM).

“A Comunidade do Tumbira é um modelo de sucesso e de desenvolvimento comunitário por meio do apoio e investimentos da FAS. Um dos principais incentivos é voltado para a atividade econômica do turismo, pois a comunidade tem um grande potencial para o turismo sustentável de base comunitária, onde empreendedores locais disponibilizam pousadas para receber visitantes, além de apresentar seu artesanato e a gastronomia amazônica”, comentou o gerente do Programa de Empreendedorismo da FAS, Wildney Mourão.

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