Manaus, 06/05/2024

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DISCURSO NA ONU: BOLSONARO DIZ QUE PANTANAL E AMAZÔNIA SÃO ‘ALVO DE FAKE NEWS’ POR ‘INTERESSES ESCUSOS’

DISCURSO NA ONU: BOLSONARO DIZ QUE PANTANAL E AMAZÔNIA SÃO ‘ALVO DE FAKE NEWS’ POR ‘INTERESSES ESCUSOS’
22/09/2020 10h55

Como manda a tradição, o presidente do Brasil abriu a Assembleia Geral da ONU que, devido à pandemia do novo coronavírus, ocorre virtualmente pela primeira vez em 75 anos. Em discurso de defesa a sua própria gestão, Jair Bolsonaro lamentou as mortes pela Covid-19 e repetiu que os responsáveis pelo combate ao vírus no país foram os 27 governadores.

“Em primeiro lugar, quero lamentar cada morte ocorrida. Desde o principio alertei em meu pais que tínhamos dois problemas para resolver: o vírus e o desemprego. Por decisão judicial, todas as medidas de isolamento e restrição de liberdade foram delegadas aos governadores das unidades da federação”, afirmou.

Bolsonaro disse que seu governo é vítima de uma das mais ferozes campanha de desinformação sobre o desmatamento na Amazônia e no Pantanal. O presidente chamou o agronegócio de “pujante” e ressaltou o papel do Brasil na produção de alimentos em escala global.

“No Brasil, apesar da crise mundial, a produção rural não parou. O homem do campo trabalhou como nunca, produziu como sempre. O Brasil contribuiu para que o mundo continuasse alimentado”.

O presidente voltou a dizer que as florestas brasileiras são úmidas e que não permitem incêndio em seus interiores, fato desmentido por órgãos de seu próprio governo.

“Lembro que a região amazônica é maior que toda a Europa oriental, por isso, é difícil combater os focos de incêndio e a biopirataria. O nosso pantanal, área maior que muitos países europeus, assim como a Califórnia, sofre com os mesmos problemas”, lamentou.

Ataque à Venezuela e combate à “Cristofobia”

Depois de realizar a defesa de sua gestão na área ambiental, Bolsonaro atacou a Venezuela acusando o país de ter provocado derramamento de óleo que atingiu o Brasil no ano passado.

“Em 2019, o Brasil foi vítima de um criminoso derramamento de óleo venezuelano”, apontou Bolsonaro, que alegou estar trabalhando para abrir vizinhos “deslocados por causa da ditadura bolivariana”.

O presidente fez um apelo pela “liberdade religiosa” e pediu combate à “Cristofobia”. Ressaltou também que o país, segundo ele, está preocupado com o terrorismo em todo o mundo.

Trump fala na sequência

Os discursos de mais de centenas de países membros da organização estão programados para os próximos oito dias.

Na sequência de Bolsonaro, discursarão os presidentes Donald Trump (Estados Unidos), Tayyip Erdogan (Turquia), Xi Jinping (China) e Sebastián Piñera (Chile).

Nas próximas semanas, a ONU organizará várias reuniões temáticas virtuais sobre a Covid-19, a luta contra a mudança climática, o Líbano, Líbia, a biodiversidade, entre outros temas.

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