O município de Itacoatiara, no interior do Amazonas, vive a pior seca em 25 anos de medição. Após registrar a menor marca, o Rio Amazonas, que banha a cidade, subiu 39 centímetros até o último sábado (4), mas voltou a diminuir nos dias seguintes.

De acordo com o porto do município, o Rio Amazonas registrou a menor marca no dia 26 de outubro, quando chegou a 36 centímetros. Desde então, o nível do rio começou a subir e chegou a marca de 75 centímetros no sábado.

No domingo (5), o rio desceu um centímetro e, nesta segunda-feira (6), chegou a marca de 70 centímetros, mostrando que vive um fenômeno conhecido como repiquete, uma espécie de efeito sanfona do rio.

Nível do Rio Amazonas:

• 26 OUT 23: 0,36 (menor nível)
• 27 OUT 23: 0,38
• 28 OUT 23: 0,42
• 29 OUT 23: 0,48
• 30 OUT 23: 0,54
• 31 OUT 23: 0,59
• 01 NOV 23: 0,64
• 02 NOV 23: 0,69
• 03 NOV 23: 0,72
• 04 NOV 23: 0,75
• 05 NOV 23: 0,74
• 06 NOV 23: 0,70

Seca histórica

Até então, a pior seca de Itacoatiara tinha sido registrada em 2010, quando o município desceu para 91 centímetros. No dia 19 de outubro deste ano, o rio desceu para 89 centímetros e se tornou a pior seca já registrada.

As informações são do Serviço Geológico Geológico do Brasil (SGB), antigo CPRM, que mede o nível do Rio Amazonas em Itacoatiara desde 1998. De acordo com Jussara Cury, pesquisadora da instituição, o Rio Amazonas continuava baixando na cidade.

Itacoatiara foi a terceira cidade do Amazonas a quebrar o recorde de seca, em 2023. A primeira foi a capital, Manaus, no dia 16 de outubro. No dia 18, foi a vez de Manacapuru.