Um grupo formado por 41 unidades federativas dos Estados Unidos e o distrito de Columbia entraram com processos contra a Meta (empresa dona do Facebook, Instagram e WhatsApp), alegando que a companhia construiu suas plataformas com funcionalidades viciantes para atrair jovens e crianças.

Nesta terça (24), as ações da companhia fecharam o pregão da Nasdaq, em Nova York, em queda de 0,46%, valendo US$ 312,55. Muito do movimento está ligado a expectativas do mercado pelo balanço da empresa no terceiro trimestre, que será conhecido amanhã.

Os processos afirmam que a empresa enganou os seus usuários sobre possíveis danos que as plataformas podem causar em jovens, informa a agência Dow Jones. Os estados também alegam que a Meta fez propaganda dos seus produtos para atrair menores de 13 anos, indo contra os termos de uso do Facebook e do Instagram e de leis dos EUA.

Os processos acontecem após os estados não chegarem a um acordo com a Meta para a retirada das funcionalidades consideradas perigosas aos jovens usuários, segundo fontes ouvidas pelo “The Wall Street Journal”.

“Desde que a investigação começou, cooperamos com os procuradores dos estados para mostrar as formas como apoiamos uso consciente das nossas plataformas por jovens e como continuamos sempre a melhorar a experiência deles”, disse um porta-voz da Meta à Dow Jones.

Um dos processos afirma que a Meta usa manipulação psicológica para que jovens se tornem viciados no Instagram e no Facebook como forma de impulsionar receitas.

Muito da base das provas dos estados partem de documentos vazados por Frances Haugen, em 2021, ex-funcionária que tirou fotos de mais de 20 mil documentos mostrando possíveis danos que as plataformas da Meta causam.

Uma fonte afirma que os estados já investigavam as práticas da Meta contra jovens antes do vazamento dos documentos, mas que a denúncia aumentou a urgência dos estados.