10/02/2021 15h01
Acusado pelo Governo do Amazonas e por uma minoria de sócios de empresas de especialidade que prestam serviços ao estado, sobre suposta prática de eutanásia em Manaus, o médico Mario Vianna, presidente do Simeam, respondeu à interpelação judicial da Procuradoria Geral do Estado (PGE), após notificação.
A PGE solicitou ao presidente do Sindicato dos Médicos do Amazonas o nome dos médicos que estão praticando eutanásia ou adotando procedimentos para abreviar a vida dos pacientes, e ainda, questionou as providências que Mario Vianna adotou, sendo médico e presidente do sindicato da categoria, contra a prática descrita.
Em resposta, a assessoria jurídica do Simeam apresentou o link do vídeo da matéria exibida pelo programa Fantástico, da Rede Globo, em 17 de janeiro, reprisada no Amazonas pela afiliada da emissora, no dia 18 do mesmo mês. “Pois bem, para saber o nome dos médicos, basta acessar o link do programa Fantástico da Rede Globo, no qual uma médica da rede pública de saúde do Amazonas faz a denúncia”, diz trecho do processo.
E quanto as providências adotadas, a defesa afirma que juntará as informações ao pedido de impeachment contra o governador Wilson Lima, e encaminhará o link e mídia da reportagem ao Ministério Público Estadual (MPE) e ao Ministério Público Federal (MPF), além da cópia integral da interpelação judicial.
No dia 27 de janeiro, o presidente do Simeam convocou uma entrevista coletiva para esclarecer à sociedade e a imprensa, a tentativa de um grupo aliado ao governo, para inverter os papéis e imputar à Mario Vianna a declaração feita pela própria médica do Samu que fala na reportagem sobre a prática de um protocolo onde os profissionais usam morfina e racionam oxigênio até o paciente ter uma parada cardíaca e morrer, justamente pela falta de leitos e a superlotação nas unidades de saúde de Manaus.