‘Figura muito importante’
Ao falar sobre Ciro Gomes, Fernando Haddad, disse que o candidato do PDT “é um democrata e lutará contra o fascismo”, o que o torna uma voz “muito respeitada no país”.
“[Ciro Gomes] é uma figura muito importante e não é de hoje. O Ciro Gomes tem uma longa trajetória de serviços prestados, inclusive nos nossos governos. PT e PDT governam o Ceará com grande êxito, o governador [Camilo Santana] teve algo próximo a 80% dos votos válidos. Enfim, vamos repetir o êxito do Ceará no Brasil”, declarou o candidato do PT.
Para Fernando Haddad, a eventual “convergência” dele e de Ciro Gomes pode gerar um programa de governo “mais robusto”.
Aliados históricos
PT e PDT são aliados históricos. Nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff, o partido comandou alguns ministérios, entre os quais o do Trabalho e o da Educação.
Na campanha deste ano, porém, Ciro Gomes criticou a decisão do PT de ter Haddad como candidato no lugar de Lula, afirmando que o Brasil “não aguenta outra Dilma”.
Sobre o apoio no segundo turno, contudo, o candidato do PDT já afirmou que “ele, não”, uma referência ao movimento #EleNão, contrário a Bolsonaro.
“Uma coisa eu posso adiantar logo, como vocês já viram: minha história de vida é uma história de vida de defesa da democracia e contra o fascismo”, declarou Ciro no último domingo.
Haddad se reuniu nesta terça-feira, em um hotel na Zona Sul de São Paulo, com governadores e apoiadores da campanha dele à Presidência.
Além dos governadores do Nordeste, também estiveram presentes ao encontro o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel; Jaques Wagner, ex-ministro da Casa Civil e senador eleito pela Bahia; e Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras e um dos coordenadores da campanha de Haddad.
Após o encontro, Haddad apresentou algumas propostas à imprensa. Disse, por exemplo, que a Polícia Federal passará a atuar contra o crime organizado “nacionalmente”.
“Ou seja, a ideia é a de que nós avencemos no programa que foi apresentado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com a ideia de que a parte grande do crime hoje tem organizações nacionais. Debatemos isso e concluímos que isso é um fato. Organizações nacionais de organização criminosa, que atuam nacionalmente”, afirmou. “E para isso a Polícia Federal tem de entrar. Nós vamos chamar a responsabilidade da Presidência, do próprio presidente da República, a ideia de atuar no combate às organizações criminosas que atuam nacionalmente. Os governadores estão de acordo em relação e isso e agora passa a ser uma proposta encampada por autoridades já reconduzidas, já reeleitas, e, portanto, ganha um ímpeto maior para serem implementadas na primeira hora do próximo governo. Isso é importante declara porque é uma pauta comum”, acrescentou.