O médico Dario Figueiredo da Silva, responsável por examinar e atestar sintomas suspeitos de Covid-19 no Delegado Gustavo Sotero teve sua atuação legitimidade e endossada pelo Hemoam e pela Delegacia Geral do Estado do Amazonas. Por consequência todos os documentos anexados ao pedido de prisão domiciliar a Sotero, anexados por sua defesa, são legítimos e atenderam todos os requisitos legais.

Em documento apresentado pelo médico, datado de 24 de abril de 2020, o Diretor do HEMOAM, Dr. Nelson Fraji declara que “ no dia 16 recebeu solicitação do Dr. Dario solicitando Receituário do HEMOAM para realizar atendimento médico demandado da Delegacia Geral em pessoas que estavam em cárcere. Que não dispunha de impressos, por isso da solicitação”. Em outro trecho, o diretor afirma que concedeu os impressos alegando que: “o médico Dario é servidor da SUSAM , já trabalhou no HEMOAM e por isso autorizei-o a receber os impressos que foram entregues pelo SPP”.

A declaração do Diretor Clínico do HEMOAM revela a gravidade das acusações proferidas contra o trabalho do médico e da defesa técnica de Sotero. Parte da imprensa manauara, de maneira leviana e irresponsável chegou a afirmar que a defesa teria anexado laudo falso para o pedido de prisão domiciliar de Sotero. Foi questionado ainda o local e a forma do exame feito pelo médico.

Para isso, a própria Delegacia Geral do Estado do Amazonas, emitiu uma certidão esclarecendo os fatos. No documento são confirmados os atendimento a Sotero e outros cinco presos que apresentavam sintomas gripais. Sotero foi um dos que o médico identificou sinais suspeitos de Covid-19. Além de Sotero , outros dois detentos apresentavam sintomas, segundo a certidão da Delegacia Geral. Todos os pacientes tiveram então prescrições de medicamentos destinadas a atender cada caso específico.

O médico Dario ainda respondeu, por escrito, indagações da Defesa de Sotero, onde informou todo o procedimento detalhadamente e lamentou a postura da Comissão de Prerrogativas da OAB em tratar o assunto com tamanho descuido. “Com profunda tristeza recebo a notícia que meu atendimento voluntário e gratuito tenha sido tratado como um possível crime de falsidade de atestado, e perplexo por não ter sido procurado pela procuradoria de Prerrogativas da OAB “, diz trecho do documento.

Defesa irá processar

Para o advogado de defesa de Gustavo Sotero, Claudio Dalledone, a situação ultrapassa os limites da razão, da humanidade e da arbitrariedade já característica neste caso. “Não estamos na idade média, não vivemos sob o julgo de carrascos e torturadores. Essa situação chegou ao limite. Operadores do direito fazendo as vezes de carcereiros de masmorra, rasgando a prerrogativa do advogado que é o de promover justiça e proteger a vida, o direito individual neste espetáculo medieval de justiçamento, vingança e tortura emocional. Todo o contexto é grave e iremos processar um a um dos envolvidos nessa história vergonhosa e recheada de maldade. Imprensa, advogados, quem quer que esteja envolvido, será alcançado. A justiça é para todos e não permitiremos que esse massacre ganhe forma e força. Iremos aos tribunais e custe o que custar iremos responsabilizar os culpados”, disparou Dalledone.

Confira os documentos:

Com informações da assessoria