A esposa de Luiz Carlos afirma que ele é muito distraído e já perdeu os documentos várias vezes. A família desconfia que o músico possa ter sido vítima de fraude.
“Ele costumava, sim, perder muito os documentos. Perdeu duas ou três vezes. E, como para ele era só ir lá e fazer outro, alguém usou o documento, usou para fazer alguma coisa e ficou gravado lá o nome dele”, declarou Mariana Soares do Nascimento, esposa de Luiz.
As apresentações na padaria
A publicitária Cristina Guerra conta ter sido uma das pessoas que convidaram Luiz Carlos para se apresentar na padaria, chamado Café Musical.
“Todos os domingos, nós também estávamos lá, porque a gente ficava criando conteúdo para veicular nas redes sociais. Então, eu tenho certeza absoluta de que, neste domingo, no dia 5 de novembro de 2017, eles estavam lá tocando, das 8h até o meio-dia”, afirma Guerra.
Nesse projeto musical, Luiz Carlos costumava se apresentar com o tio. “Todo domingo de manhã a gente tinha contrato com uma padaria. Inclusive, a gente tocou lá mais de dois anos”, lembra Leandro Justino, que também é músico.
“Até agora, estou tentando entender isso [a prisão]. Porque, para uma pessoa acusar a outra, ela tem que ter a certeza. (…) Como reconheceram, se ele, pelo que sei, não tinha ficha nenhuma?”
Já a mãe de Luiz Carlos diz: “Não consigo nem entrar na minha casa. Estou desde quarta sem comer nada, sem dormir direito. Toda hora acordo, às vezes escuto ele me chamar”.
Músico entrou para orquestra aos seis anos
Luiz Carlos é o segundo filho de uma família de seis irmãos. Tomou gosto pela música aos 6 anos de idade, quando entrou para a Orquestra de Cordas da Grota. O coordenador e antigo maestro o acompanhou desde os primeiros passos.
“Ele sempre estudou e sempre estava tocando lá, e sempre participou, desde as orquestras iniciantes, e hoje ele está na orquestra principal”, explicou o maestro Márcio Paes Selles.
Ainda criança, ele chegou a aparecer em uma reportagem e uma TV da Alemanha, que mostrava as crianças do projeto social.