O cirurgião médico britânico e professor da Universidade Johns Hopkins, Marty Makary, afirmou que os Estados Unidos podem superar a pandemia de Covid-19 até abril próximo, por meio de imunidade natural coletiva, aliada à vacinação, “como a exemplo do que acontece com Manaus”, afirmou em artigo publicado no Wall Street Journal.

Makary diz se basear  em “dados de laboratório, dados matemáticos, literatura publicada e conversas com especialistas” para afirmar que os Estados Unidos estão a dois meses de alcançar a imunidade natural.

Ele ressalta especialmente o fato de o número de casos positivos nos EUA terem diminuído em 77% nas últimas seis semanas e de 15% da população local já ter sido vacinada.

Imunidade de rebanho

No artigo, o médico cita a capital do Amazonas, apesar da cidade ter a nova variante do coronavírus circulando entre a população e registrado 25 mortes e 1,9 mil novos casos de coronavírus nas últimas 24 horas, de acordo com dados do Boletim de Covid-19 da Fundação de Vigilância em Saúde do estado (FVS-AM), neste sábado (20).

O Amazonas apresentou uma redução na sua taxa de transmissão de 1,3 para menos de 1,0, nas primeiras semanas do mês de fevereiro. Atualmente a RT está em 0,95.

O médico cirurgião disse que, a exemplo de Manaus, a imunidade natural adquirida após contrair a doença pode levar a diminuição dos casos e acabar com a propagação do coronavírus. 

“A imunidade do rebanho foi bem documentada na cidade brasileira de Manaus, onde pesquisadores do Lancet relataram que a prevalência de infecção anterior por Covid-19 era de 76%, resultando em uma redução significativa da infecção. Os médicos estão observando uma nova cepa que ameaça escapar da imunidade anterior. Mas os países onde surgiram novas variantes, como Reino Unido, África do Sul e Brasil, também estão observando quedas significativas nos novos casos diários”, escreveu ele no jornal da capital americana.

Sobre os casos de Covid-19 nos EUA, o especialista também defende que a imunidade coletiva já reflete no número de casos no país. “O comportamento não melhorou repentinamente durante as férias. Os americanos viajaram mais no Natal do que desde março. As vacinas também não explicam a queda acentuada em janeiro. As taxas de vacinação eram baixas e levam semanas para fazer efeito”, diz Makarky no artigo.

Escolas

A volta às aulas é defendida pelo especialista, não pela segurança quanto ao Covid-19, mas pelos efeitos das restrições em tempo prolongado. “À medida que incentivamos todos a tomar a vacina, também precisamos reabrir escolas e a sociedade para limitar os danos de fechamentos e isolamento prolongado. O planejamento de contingência para uma economia aberta até abril pode trazer esperança para aqueles que estão em desespero e para aqueles que fizeram grandes sacrifícios pessoais”. 

Segundo levantamento da  Johns Hopkins, o mundo tem 110.903.820 milhões de casos da doença e 2.456.069 milhões de mortes. O Estados Unidos é o país o que lidera as listas de casos e de mortes por Covid-19.

Saiba mais

A Universidade Johns Hopkins é uma instituição de ensino superior privada e sem fins lucrativos, situada em Baltimore, Maryland, Estados Unidos. Foi fundada em 22 de fevereiro de 1875, com base no modelo da Universidade Humboldt de Berlim, que dava grande ênfase à pesquisa acadêmica.

O Johns Hopkins Medicine é um dos melhores sistemas de cuidados à saúde do mundo. Em nossos hospitais, especialistas em todos os ramos da medicina trabalham juntos em um ambiente hospitalar projetado para promover tratamentos inovadores e acelerar a ciência da medicina.

Fonte: Portalvocê.com