Manaus, 27/04/2024

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Médico sedou paciente sete vezes durante estupro, diz inquérito

Médico sedou paciente sete vezes durante estupro, diz inquérito
19/07/2022 20h40

As investigações da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro, apontam que o anestesista Giovanni Quintella Bezerra, de 31 anos, aplicou um medicamento, provavelmente sedação, sete vezes na paciente estuprada. O inquérito foi concluído nesta terça-feira (19). A informação é do g1.

 

Conforme o laudo, obtido pela reportagem, os medicamentos usados foram cetamina e propofol. As apurações a respeito do caso também indicam que Bezerra iniciou o estupro 50 segundos após o marido da vítima ter deixado a sala de parto com o bebê. Foi o próprio anestesista quem retirou o homem do local.

 

O crime durou exatos nove minutos e cinco segundos. Foram ouvidas, ao todo, 19 pessoas na investigação. A perícia também afirma que o vídeo de 1 hora e 36 minutos e 20 segundos, gravado pelo telefone de uma enfermeira, está íntegro e sem edições

 

O laudo médico-hospitalar em material usado pelo médico para se limpar após o estupro deu negativo sobre a presença de sêmen. No inquérito, é explicado que o material passou por diferentes recipientes depois da coleta e, por isso, não foi possível garantir sua integridade

 

A Polícia Civil ainda investiga outros mais de 40 possíveis casos de estupro de pacientes do anestesista. Esse número representa o total de procedimentos cirúrgicos que contaram com a participação do anestesista. Apenas no Hospital da Mãe, em Mesquita, o médico participou de 44 cirurgias.

 

O Ministério Público não esperou o fim da investigação e denunciou o médico à Justiça, que o tornou réu. Além da condenação, o MPRJ pediu também uma indenização em favor da vítima, no valor não inferior a 10 salários mínimos.

 

Apesar de o inquérito do caso ainda não ter sido concluído pela Polícia Civil, o Ministério Público entendeu que já havia elementos suficientes para fazer a denúncia.

 

ENTENDA O CASO

Giovanni Quintella foi denunciado por funcionárias do Hospital da Mulher, de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, e preso em flagrante no dia 11 de julho. Funcionárias filmaram o homem colocando o pênis na boca de uma mulher que havia acabado de dar à luz. Ao final, o médico pega um papel para limpar a boca da vítima e, assim, esconder os vestígios do crime. Ele está em preso de forma preventina em Bangu 8, na Zona Norte do Rio.

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