Manaus, 26/04/2024

Brasil

Michelle Bolsonaro posta foto de seu cartão de vacinação

Michelle Bolsonaro posta foto de seu cartão de vacinação
04/05/2023 10h10

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro usou uma rede social, nesta quarta-feira (3), para publicar uma foto de seu cartão de vacinação. O documento exibido por Michelle mostra que ela recebeu o imunizante da Janssen, em setembro de 2021, enquanto estava nos Estados Unidos.

As fotos do cartão de vacinação foram publicadas nos stories do Instagram da ex-primeira-dama.

Michelle integrou a comitiva do então presidente Jair Bolsonaro, que viajou na época para Nova Iorque a fim de participar da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). A vacina foi aplicada em Michelle no dia 21 de setembro de 2021, em Manhattan.

Nesta quarta, foi deflagrada pela Polícia Federal a Operação Venire para apurar a possível prática de inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. A ação resultou na prisão de seis pessoas, algumas delas ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

– Hoje a PF fez uma busca e apreensão na nossa casa, não sabemos o motivo e nem o nosso advogado não teve acesso aos autos. Apenas o celular do meu marido foi apreendido. Ficamos sabendo, pela imprensa, que o motivo seria “falsificação de cartão de vacina” do meu marido e de nossa filha Laura. Na minha casa, apenas eu fui vacinada – destacou Michelle.

Diante das acusações, Bolsonaro também se pronunciou frisando que não tomou o imunizante e negando qualquer adulteração de sua parte.

– Não existe adulteração da minha parte. Não tomei a vacina. Ponto final. Ela [Michelle] tomou a vacina nos EUA, da Janssen. E outra, minha filha, que eu respondo por ela, a Laura, de 12 anos, não tomou a vacina também. Tenho laudo médico no tocante a isso. Fico surpreso com a busca e apreensão por esse motivo – assinalou.

SOBRE A OPERAÇÃO
A ação da Polícia Federal, batizada de Venire, cumpriu 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro. De acordo com a corporação, os agentes também analisam material apreendido durante as buscas e realizam oitivas de pessoas que possuam informações a respeito dos fatos investigados.

Nesta manhã, além das seis prisões, os agentes da PF fizeram buscas em um endereço do ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília. O ex-chefe do Executivo, que teve o celular apreendido, não foi alvo de mandado de prisão, mas deve prestar depoimento ainda nesta quarta.

A PF informou que as inserções falsas, que ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, tiveram como consequência a possibilidade de permitir que pessoas pudessem fazer a emissão de certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes impostas pelos poderes públicos do Brasil e dos Estados Unidos.

As ações policiais acontecem dentro do inquérito que apura a atuação do que se convencionou chamar “milícias digitais”, atualmente em tramitação no STF. A Polícia Federal informou que os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.

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