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MULHER QUE ESPALHOU FAKE NEWS SOBRE CAIXÕES CHEIOS DE PEDRAS É INDICIADA PELA POLÍCIA

MULHER QUE ESPALHOU FAKE NEWS SOBRE CAIXÕES CHEIOS DE PEDRAS É INDICIADA PELA POLÍCIA
24/08/2020 14h20

ma mulher identificada Valdete Zanco, responsável por espalhar uma fake news dizendo que caixões com pedras e pedaços de madeira estavam sendo enterrados em Belo Horizonte no lugar de vítimas do novo coronavírus (Covid-19), foi indiciada pela polícia nesta segunda-feira (24).

Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), Valdete vai responder pelo crime de denunciação caluniosa e pela contravenção penal de provocar pânico e tumulto. Entretanto, o delegado Wagner Salles, do 1° Departamento de Polícia Civil, informou que ela irá responder o processo em liberdade, até esperar uma decisão oficial da Justiça.

“A Polícia Civil, quando tomou conhecimento desse vídeo, compareceu no interior do estado, identificou essa autora e ela foi ouvida. Ela produziu o vídeo, divulgou em família, mas também para outras pessoas. É preciso que saibam que determinados atos em redes sociais trazem efeitos e consequências para a vida real. Quem compartilha também pode ser indiciado. Internet não é terra de ninguém”, disse o delegado.

Caso seja condenada pela Justiça, Valdete Zanco pode pegar até oito anos de prisão e pagar multa. Na época, a Prefeitura de Belo Horizonte criticou a ação da mulher e disse que as informações repassadas por ela são inverídicas.

“A pessoa sugere que caixões de vítimas de Covid-19 estão sendo desenterrados nos cemitérios da capital. São informações sem fundamento”, disse a prefeitura.

O caso

Em abril começou a circular vídeos nas redes sociais onde uma mulher afirmava ter encontrado pedra e madeira dentro dos caixões de vítimas da Covid-19 nos cemitérios municipais de Belo Horizonte.

“Mandaram arrancar todos os caixões para poder fazer o exame e ver se é coronavírus mesmo. Sabe o que tem dentro do caixão? Pedra e madeira. Um monte de caixão cheio de pedra e madeira”, disse Valdete quando o vídeo viralizou.

No dia 5 de maio a polícia instaurou um inquérito para investigar a publicação do vídeo. No dia seguinte, uma equipe de policiais compareceu ao município de Campanha, no Sul do estado, onde identificou e localizou a autora do vídeo.

Valdete prestou depoimento na delegacia e teve o aparelho celular apreendido pela polícia. O advogado da mulher, Alexsander Pereira, divulgou uma nota em que a mulher pediu desculpa sobre o ocorrido.

“Valdete reconhece humildemente o erro e pede perdão ao Município de Belo Horizonte e seu Ilustre Prefeito e a todos quantos foram atingidos negativamente por este equívoco que cometeu”, disse o advogado em nota.

Com informações do Estado de Minas

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