Manaus, 03/05/2024

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PAIS ACUSAM NEGLIGÊNCIA MÉDICA E MORTE DE RECÉM NASCIDA, EM MATERNIDADE. ENTENDA O CASO NA ÍNTEGRA

PAIS ACUSAM NEGLIGÊNCIA MÉDICA E MORTE DE RECÉM NASCIDA, EM MATERNIDADE. ENTENDA O CASO NA ÍNTEGRA
15/09/2020 11h29

Ariela, esse seria o nome da criança tão esperada pela família. Na madrugada desta segunda-feira (14), Gabriele da Silva Ribeiro, de 21 anos, deu entrada em trabalho de parto na maternidade Ana Braga localizada na avenida Cosme Ferreira, bairro São José I, Zona Leste, após horas de dores e falta de suporte médico, a criança nasceu sem vida. A família acusa negligência médica na unidade hospitalar.

ENTENDA O CASO NA ÍNTEGRA

Gabriele Ribeiro estava grávida de 39 semanas e comemorava seus 21 anos nesse domingo (13), a mesma começou a sentir contrações em meio as comemorações e se encaminhou, com o marido Robson Oliveira Moraes, para a maternidade. Por volta das 00h00, Gabriele deu entrada na maternidade. Segundo informações da tia de Gabriele, Miria Oliveira Moraes, que acompanhou todo o procedimento, na unidade, a paciente se queixou de dores insuportáveis entendidas pela equipe médica disponível apenas como “dores de parto”.

Mesmo com muita dor, a equipe médica apenas receitou uma injeção que ocasionou o aumento das dores. Minutos depois um enfermeiro foi acionado e o mesmo somente fechava as pernas e amassava a barriga de Gabriele, alegando não estar na hora do parto. Ás 2h da madrugada, a mãe em trabalho de parto implorou pela cesárea, mas não foi atendida.

De acordo com Miria, às 5h o desespero tomou conta da paciente, além da parte vaginal dela estava toda cortada a unica posição dos profissionais no local foi alegar que era somente “dor de parto”. Às 5h10 da manhã a médica Jackeline Veloso indicou cesárea por bradicardia (termo utilizado na medicina para designar uma diminuição na frequência cardíaca).

Os familiares não receberam informações sobre por qual motivo Grabriele não foi encaminhada para a cirurgia de emergência durante 1h. Às 7h da manhã o médico Rafael Cachafeiro avaliou e descreveu que o bebê estaria com ”boa vitalidade fetal”. Nesse ponto o conflito se instala, como poderia às 5h10 o bebê estar com bradicardia e às 6h com “boa vitalidade”.

Às 8h a médica Sandra Rios participou do parto normal, com intervenções prescritas descrevendo os dados e horários de atendimento. Nas anotações realizadas mais um conflito surge, informações das 7h vieram após as anotações da 8h.

Ariela nasce sem vida e é entregue para o pediatra realizar manobras de reanimação que não obtiveram secesso. 

Para a família, a negligência médica ficou explícita e a morte da criança poderia ter sido evitada se o horário da cirurgia tivesse sido respeitado e as dores da paciente fossem levadas a sério.

“A neném nasceu sem vida, toda roxinha. Temos certeza que ela passou da hora de nascer. Ela estava com a cabeça machucada, e suspeitamos que o pescoço tenha sido lesionado. Queremos justiça, isso foi negligência. O laudo da causa da morte diz que a criança morreu de uma parada cardiorrespiratória e isso só confirma o que achamos”, disse a tia.

Os pais da criança disseram que era visível o trabalho da equipe médica na manhã dessa segunda (14), mas foi tarde demais.

PROCEDIMENTOS

Buscando justiça por Ariela, a família decidiu levar o caso até o Ministério Público Federal (MPF), onde um processo de investigação foi aberto.

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NOTA DA SECRETARIA DO ESTADO DO AMAZONAS

Em nota, a Secretaria de Estado do Amazonas (SES-AM) lamentou o ocorrido e informou que a direção da maternidade vai abrir sindicância para investigar os procedimentos adotados pela equipe de profissionais durante o atendimento da paciente. A SES-AM informou ainda, que a família recebeu toda a assistência por parte da equipe de Assistência Social da unidade sobre como proceder diante do caso.

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Da redação 

 

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