Polícia investiga TikToker que ensina crianças a ‘glorificar’ satã
18/03/2021 10h45
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) está monitorando os vídeos compartilhados nas redes sociais em que um homem utiliza filtro que simula a personagem Elsa, do desenho animado Frozen, de forma deturpada, onde sugere que as crianças, entre outras coisas, insinuem possessões demoníacas.
A gravação, feita por meio do aplicativo TikTok e compartilhada no Instagram por um youtuber de São Paulo, beira a prática de crime, segundo investigadores da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) da Polícia Civil do DF. Com linguagem infantil e voz anasalada, o autor do vídeo passa uma mensagem que insinua conteúdos satanistas.
– Com a canetinha, vocês vão desenhar várias estrelas como essas (pentagramas que simbolizam a marca da besta) nas paredes da casa de vocês. Vocês puderam perceber que a pontinha tá virada pra baixo? E, com o molho de tomate, vocês vão contornar o desenho. Se alguém perguntar por que vocês fizeram isso, vão responder: ‘pela glória de Satã, é claro!’ – diz.
Segundo o delegado-chefe da DRCC, Giancarlos Zuliane, os policiais do DF chegaram até o conteúdo após uma troca de informações com a Polícia Civil paulista. De acordo com Zuliane, a corporação está apurando o caso e a divulgação do conteúdo.
– Existem apurações que estão em andamento, apesar de nós termos acompanhado a disseminação desse conteúdo – destacou.
O chefe da DRCC destacou que o autor dos vídeos é um youtuber que postou os vídeos em seu perfil no Instagram, e destacou que os conteúdos podem ser caracterizados como “apologia de crimes”.
– Os vídeos são diferentes do Pateta, que estimulava o suicídio e a automutilação. Isso não ocorre com a Elsa. No entanto, o vídeo beira a prática de delitos, principalmente no que diz respeito à apologia de crimes. Com certeza, é um péssimo conteúdo, que nenhuma rede social gostaria de hospedar – afirmou Zuliane.
O autor dos vídeos, identificado como o humorista Henry Walnut, do canal Henrytado, registrou ocorrências policiais em São Paulo, após, segundo ele, sofrer ameaças de morte em razão da disseminação das imagens. A rede social TikTok ainda não se manifestou sobre uma possível exclusão do perfil da plataforma.
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